Após escândalo, musa do Fantástico se entregou ao vício: “Perdeu a paz”
26/08/2023 às 14h47
De atriz da Globo e apresentadora do Fantástico à ruína. O triste fim de Leila Cravo, uma das maiores estrela da década de 70.
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Após um incidente suspeitoso que jogou o seu nome na lama e acabou com a sua carreira, sua filha, Tathiana Cravo de Cerqueira e Souza, contesta, 45 anos depois, a versão dada pela polícia e divulgada pela mídia da época.
“Minha mãe virou a bêbada maluca que se jogou do motel depois de levar um fora”, desabafou em 2020 ao jornalista Paulo Sampaio, do portal UOL.
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Em 1975, Leila foi encontrada inconsciente no asfalto da Avenida Niemeyer, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava nua e com marcas de agressões.
Segundo autoridades na ocasião, a famosa, que supostamente mantinha um caso com um homem casado, teria se jogado da suíte presidencial do motel Vip’s por não aceitar o fim do relacionamento.
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História contestada
Sua herdeira, que nasceu somente dois anos depois do incidente, rebateu a ideia de tentativa de suicídio.
“Você acha que alguém pode cair de 18 metros de altura e não sofrer sequer uma fratura?? Quem consegue acreditar em uma loucura dessas?”, indagou.
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Para ela, o caso foi muito além do que a mídia contou e a verdadeira história foi ocultada por “gente muito poderosa”.
A filha contou que, na madrugada daquele fatídico 12 de novembro, a mãe teria sido levada ao local e violentada “por pelo menos dois funcionários do alto escalão do governo”. “Era época da ditadura, imagine, eles molharam a mão de todo mundo, e depois calaram a boca da minha mãe”, recordou.
“Eles a espancaram, estupraram e depois pagaram para que alguém levasse o corpo inerte dela até o asfalto, e aí orientaram a polícia a veicular a versão do suicídio”, acredita.
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Esquecimento
Por causa do ocorrido, Leila perdeu trabalhos, amigos, e foi experimentando um esquecimento da mídia, até terminar os seus dias triste e abusando de substâncias entorpecentes.
“Os amigos se afastaram, ela não recebia mais convites de trabalho, perdeu a paz. Com o tempo, se tornou uma pessoa estragada por dentro, sem contato com a vida nem condições de ser mãe”, desabafou a herdeira.
À mesma coluna, a atriz confessou, em 2015, como se sentiu após aquele dia e realizou um sincero desabafo sobre a vida.
“Eu me senti abandonada, solitária, fiquei triste, deprimida. Além do público que te assiste, você sente falta daquele que finge te admirar e na verdade só quer pegar carona no seu sucesso. São os falsos amigos. Sumiu todo mundo”, disse.
Transtornos
Leila faleceu em 5 de agosto de 2020, aos 66 anos, após ser internada com fortes dores no corpo. Ela obteve destaque na carreira em 1974 através da novela Corrida de Ouro, participando de outras tramas posteriormente. Sinal de Alerta, a última, data de 1978.
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Seus últimos dias foram decadentes e o abuso do álcool transformou o seu resto de vida em um pesadelo.
“Praticamente todo dia ela colocava um salto alto, se vestia, se maquiava e saía. Quando não saía, estava se recuperando dos excessos da véspera”, contou a filha.
“Ela estava no auge, fazia ‘Fantástico’, novela, adorava festa, badalo, zoeira. Depois da violência que sofreu, tudo mudou. Ela passou a colocar para fora as sombras, os demônios, a dor”, justificou.