A décima sétima edição do Big Brother Brasil foi traumática. A primeira temporada sem Pedro Bial no comando foi catastrófica. O favorecimento descarado do casal Emilly e Marcos ficou visível e as suspeitas em torno da credibilidade do programa aumentaram, principalmente quando houve a polêmica da agressão que resultou na expulsão de Marcos. Após vários protestos do público, até a polícia foi na casa e só aí ele foi retirado da competição. E a declaração de Emilly no confessionário nunca foi divulgada. Para culminar, a audiência deixou muito a desejar e a ausência de Maurício Ricardo fazendo divertidas charges também foi sentida. Enfim, um ano para ser enterrado.

Agora, na temporada de 2018 a missão do reality mais longevo do Brasil é reconquistar os fãs do formato, naturalmente desanimados em virtude de tudo o que aconteceu em 2017, incluindo o poder que os ‘fandons’ passaram a ter (ainda mais), não refletindo a vontade da maioria. E a tentativa de trazer de volta os telespectadores já se mostra visível no “Pay Per View”, por exemplo. Pela primeira vez os assinantes poderão ouvir as broncas que a produção dará nos participantes. Isso nunca aconteceu antes e o áudio era sempre cortado na hora. Outra novidade é a câmera exclusiva no confessionário. O público também não conseguia acessar essa parte da casa e se conseguisse não haveria a tal polêmica sobre a declaração de Emilly ano passado.

Mais uma diferença da atual edição é o esquema de votação. Cada votante precisa se cadastrar no site para votar, porém, conseguirá votar várias vezes como sempre. Resta saber como essa alteração reduzirá o impacto de quem aluga “Lan House” ou “Call Center” em votações. Porém, não deixa de ser ao menos uma tentativa da produção.

E o desempenho de Tiago Leifert ainda é uma incógnita. Na temporada passada, começou bem e se perdeu interferindo demais no jogo dos participantes e deixando suas preferências explícitas, além de ter perdido o respeito dos jogadores, que raramente prestavam atenção no que ele falava.

A seleção dos novos integrantes da casa aparentemente é promissora. Ana Paula (23 anos e estudante de jornalismo) tem uma voz irritante e deve ser foco de conflito; Breno (23 anos e arquiteto) é o ‘padrãozinho’ das edições (deve fazer casal e sucesso com as meninas); Caruso (34 anos e publicitário) teve identificado posts homofóbicos no Facebook e deve ter sido selecionado para arrumar confusão; Diego (34 anos e escritor) é o típico nerd; Gleici (22 anos e estudante de psicologia) é petista, feminista e odeia a Globo (?), podendo rivalizar com Caruso; Jaqueline (23 anos e biomédica) e Jéssica (23 anos e personal) são outros padrões do BBB (as típicas louras atraentes); assim como Lucas (27 anos e empresário); Paula (29 anos e empresária); Viegas (33 anos e música); Wagner (35 anos e artista visual) e Kaysar (28 anos e garçom).

Já Mahmoud (27 anos e sexólogo), Mara (53 anos e cientista política), Nayara (33 anos e jornalista) e Patrícia (32 anos e funcionária pública) prometem ”causar” pelas personalidades aparentemente mais fortes. Mas, é sempre um enigma a escolha dos novos jogadores. Muitas vezes times promissores se mostraram verdadeiros equívocos. A estreia se mostrou bem tímida (menos de meia hora) e apresentando uma ‘surpresa’: uma família confinada, deixando o público escolher dois para permanecerem no jogo. Pai (Ayrton), mãe (Eva), filha (Ana Clara) e sobrinho (Jorge). Porém, os dois vencedores representarão um só. Ou seja, só um disputa a prova do líder, o voto da dupla vale por um, enfim… O primeiro dia foi apenas para apresentar esse quarteto e abrir votação. Os demais chegam terça. Resta aguardar.

O BBB18 ficará no ar até final de abril e até lá muitos acontecimentos ainda irão movimentar o jogo. Espera-se que ao menos os vários erros da temporada de 2017 sejam corrigidos e que toda essa iniciativa de apresentar novidades resulte em um bom reality.


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Sérgio Santos é apaixonado por TV e está sempre de olho nos detalhes. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor