Em 2019, o Jornal Nacional completou 50 anos, mostrando que o primeiro noticiário em rede do país continua relevante, sendo parte da vida dos brasileiros.
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Muitos apresentadores e jornalistas foram lembrados nas celebrações, mas um antigo colaborador da Globo não foi convidado para os festejos: Celso Freitas.
A voz de uma época
O apresentador comandou o JN de 1983 até 1989, mas já nos anos 1970 ele fazia parte da bancada, apresentando de São Paulo as principais notícias do dia. Além disso ele conduziu o Globo Repórter, o Fantástico e o Você Decide.
Por sua voz, o público acompanhou a campanha das Diretas, Já!, a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, a tragédia do ônibus espacial Challenger, a nova Constituição, entre outros fatos históricos.
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“Acho que sou considerado persona non grata”
Carolina Ferraz, Doris Geisse e Celso Freitas no Fantástico (Divulgação / Globo)Mesmo com esse histórico, o contratado da Record não foi mencionado ou convidado para as comemorações.
“Acho que sou considerado persona non grata. Em momento nenhum ouvi citação ao meu nome. Não gostaria de ser convidado, não, até entendo que não caberia um convite para estar presente ou coisa parecida. Mas uma omissão de 32 anos dedicados a uma empresa…”, desabafou ao TV Fama em setembro de 2019.
“Eu emprestei meu talento, participei de grandes acontecimentos da história brasileira, narrando, apresentando, e eles simplesmente escondem. Será que mudar de time é uma doença contagiosa?”, completou.
Mudança de casa
Ao longo dos anos, Celso foi perdendo espaço dentro da Globo e no início dos anos 2000 não estava mais no vídeo, apenas emprestava sua voz para as matérias do Fantástico. Em 2004, ele assinou com a Record para comandar o Domingo Espetacular.
A emissora de Edir Macedo, que já tinha tomado a vice-liderança do SBT, apostava em uma revista eletrônica bem parecida com o Fantástico, mostrando que estava correndo atrás da Globo.
Muitos acusaram o programa de ser uma cópia do Show da Vida, mas Celso rebateu tais comentários.
“A imprensa é que está chamando o Domingo Espetacular assim. Como o Domingo é uma revista, o Fantástico torna-se uma referência. Mas nosso programa é outra coisa. Teremos uma flexibilidade grande na montagem do programa, assim teremos entrevistas mais aprofundadas, notícias e grandes reportagens. É uma proposta nova no horário para tornar o domingo melhor”, disse ao jornal Folha de S. Paulo em 2004.
Celso deixou o dominical em 2006, quando passou a comandar o Jornal da Record. Hoje, o apresentador divide a bancada com Christina Lemos.