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Amor Perfeito aposta em Diogo Almeida, ator com poucas novelas no currículo, como um dos protagonistas do enredo. A trama também traz atores pouco conhecidos vivendo diversos coadjuvantes, casos de Glicério do Rosário (Turíbio), Raquel Karro (Elza), entre vários outros.
Fábio Rocha / GloboMas a novela das seis não é a única. Vai na Fé tem Samuel de Assis, o Ben, como uma de suas apostas. Assim como Terra e Paixão, obra das nove, que lançou Barbara Reis como a protagonista Aline (foto acima, com Paulo Lessa). A trama também traz diversos novos rostos.
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Ou seja, a Globo está se mostrando mais aberta a apostar em atores “novatos”. Uma renovação, aliás, que é consequência direta da redução do banco de talentos do canal. Como a emissora depende da disponibilidade de atores para fechar acordos por obra, sua nova política, está mais difícil rechear o elenco de suas novelas com grandes estrelas.
Contratos por obra
Reprodução / GloboHá alguns anos, a Globo tem buscado operar de forma mais enxuta. Com isso, vem reduzindo seu banco fixo de atores, de modo a tornar a folha de pagamento mais leve. Aos poucos, grandes estrelas passaram a não ter mais seus contratos renovados, trabalhando por obra certa.
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Com isso, a emissora “jogou” vários medalhões no mercado. Tradicionais estrelas de suas novelas, como Malu Mader ou Reynaldo Gianecchini, passaram a ser vistos em trabalhos no streaming. A atriz está em Mila no Multiverso, do Disney+, enquanto o ator estrela Bom Dia, Verônica, na Netflix.
Enquanto isso, Camila Pitanga estreia em breve na HBO Max, assim como Juliana Paes (foto acima, em A Dona do Pedaço, 2019) e Vladimir Brichta, que estrelarão a primeira novela da Netflix. Ou seja, todos estes nomes podem até voltar para a Globo por “obra certa”, mas a emissora aberta precisará lidar com a agenda destas estrelas, já que, agora, eles também atuam nas concorrentes.
Renovação obrigatória
Sendo assim, tende a ficar cada vez mais difícil a Globo produzir novelas recheadas de estrelas. Se antes havia um banco de atores que poderiam ser chamados a qualquer momento, agora a emissora precisa ir ao mercado sempre que tem um elenco a ser fechado.
Não por acaso, os mais recentes folhetins da Globo demoraram a selecionar seus protagonistas. A direção de Amor Perfeito penou para definir Camila Queiroz como a mocinha. Mesmo caso de Fuzuê, próxima novela das sete, que apostará numa “novata” no posto, a atriz Giovana Cordeiro (foto acima).
No entanto, a Globo não “briga” apenas com a agenda dos artistas. A emissora também tem feito uma renovação no elenco como uma forma de reduzir custos. Afinal, um artista de ponta tende a pedir um cachê maior, enquanto um iniciante topa um papel por um salário mais modesto. Como o canal não está mais disposto a pagar grandes salários, o número de estrelas por obra tende a diminuir cada vez mais.
Nova regra
João Miguel Júnior / GloboEm suma: o banco de elenco reduzido, a agenda das estrelas e o alto salário de alguns artistas são alguns dos motivos que têm levado a Globo a apostar em novos talentos. Mas há mais um ponto: uma nova regra no orçamento de suas novelas.
De acordo com o Notícias da TV, a direção da Globo passou a incorporar o salário dos atores ao orçamento da trama. Ou seja, as produções têm um teto de gastos que não pode ultrapassar. Sendo assim, um elenco recheado de estrelas se torna inviável, já que o orçamento do folhetim não cobrirá tantos salários elevados.
Com isso, o público já pode ir se habituando. Os tempos de novelas com atores do primeiro time encarnando protagonistas e coadjuvantes ficaram para trás. Cada vez mais, rostos pouco conhecidos começam a ganhar espaço na telinha.