O Rei do Gado fez muito sucesso na Globo entre 1996 e 1997 e também nas reprises que vieram em seguida, incluindo a atual, no Vale a Pena Ver de Novo. Diversos nomes estrelaram a trama, como Antonio Fagundes, Patricia Pillar, Raul Cortez, Gloria Pires, Fabio Assunção, Mariana Lima, Ana Rosa, Jackson Antunes, Stenio Garcia, entre outros.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um desses nomes foi Carlos Vereza, que está longe da telinha desde 2018, quando participou da série Sob Pressão. Antes disso, o ator, que atualmente tem 84 anos, havia feito Além do Tempo (2015), Velho Chico (2016) e Os Dias Eram Assim (2017).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um dos astros de O Rei Gado, na qual viveu o senador Roberto Caxias, Vereza se envolveu em diversas confusões e colecionou processos na Justiça nos últimos anos por conta de suas opiniões políticas. No entanto, ele passou por uma situação ainda mais complicada em 1990.
Divulgação / GloboNaquele ano, Carlos Vereza (na foto acima em Pacto de Sangue, com Armando Paiva) rompeu o tímpano acidentalmente durante a gravação de uma cena da série Delegacia de Mulheres, exibida pela Globo. Como o mesmo descreveu, ele sentiu como se a cabeça estivesse tomada por um enxame de abelhas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Para completar, esses problemas foram agravados por um acidente de carro que causou danos à sua coluna. Tudo isso desanimou o ator, que chegou a cogitar tirar a própria vida.
“Pensei em suicídio, claro que pensei”, relembrou Vereza ao jornal O Globo em 9 de março de 2013.
“Eu ia de clínica em clínica e ninguém resolvia nada. Numa, chegaram a dizer ‘Ai, ó, se deu bem. Vai ficar no quarto em que ficou Raul Seixas’, como se fosse um upgrade para a minha doença. E tome injeção. Eu me sentia como se estivesse rodando em cima de um LP. Dava para imaginar por que o Raul Seixas gostava daquele lugar”, completou.
Destaque em O Rei do Gado
Felizmente, o ator conseguiu se recuperar, desistiu da ideia e prosseguiu sua carreira, atuando em títulos como De Corpo e Alma (1992), Agosto (1993), Pátria Minha (1994), Cara & Coroa (1995), O Fim do Mundo (1996), Corpo Dourado (1998) e Hilda Furacão (1998).
Após dar vida ao senador que fez história em O Rei do Gado, ele voltou a se destacar em O Cravo e a Rosa (2000), quando viveu o rico Joaquim. O folhetim de Walcyr Carrasco também foi reprisado recentemente, na faixa chamada Edição Especial.
Misterioso e calculista, Joaquim era pai de Marcela (Drica Moraes), uma mulher liberal que lhe causava desgostos. Ele atribuía a perdição da filha a Petruchio (Eduardo Moscovis), a quem jurou vingança, fazendo de tudo para que o matuto perdesse a sua fazenda e também o casamento com Catarina (Adriana Esteves).
Além de ser enganado pela filha inescrupulosa, Joaquim descobriu, ao longo da trama, ser pai do simplório e inocente Januário (Taumaturgo Ferreira), fato que amoleceu seu coração.
Posteriormente, Vereza esteve em O Clone (2001), Kubanacan (2003), Começar de Novo (2004), Sinhá Moça (2006), Duas Caras (2007), Paraíso (2009), Escrito nas Estrelas (2010) e Amor Eterno Amor (2012).
Brigas e processos
Sua posição política trouxe muita dores de cabeça nos últimos tempos. Vereza processou colegas de trabalho, como José de Abreu, que lhe chamou de “esclerosado”, e Mário Gomes, que fez críticas em áudio divulgado no WhatsApp. Depois, registrou queixa-crime contra um fotógrafo que o xingou nas redes sociais, também por divergências políticas.
Ex-apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ele defendia a candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, dizendo que ele era a “única via”. Outras polêmicas envolvendo o ator vão desde a mudança drástica de ideologia política, premonições, conversa com espíritos, ovnis e críticas ao movimento LGBTQIA+.
Carlos Vereza foi casado com as atrizes Renata Sorrah (de 1969 a 1974), Xuxa Lopes (1974 a 1976) e com a artista plástica Delma Godoy (de 1976 a 1991), com quem teve uma filha, a atriz Larissa Vereza.
Com a atriz e cantora Andréa Ferreira, teve sua segunda filha, Diana; já com a jornalista Vanessa Mazzari (casado desde 2001), seu terceiro filho, Luiz Sérgio.