Após acidente em gravação, ator de O Rei do Gado desistiu de viver
12/11/2024 às 8h14
O Rei do Gado fez muito sucesso na Globo entre 1996 e 1997 e também nas reprises que vieram em seguida, incluindo a atual, no Vale a Pena Ver de Novo. Diversos nomes estrelaram a trama, como Antonio Fagundes, Patricia Pillar, Raul Cortez, Gloria Pires, Fabio Assunção, Mariana Lima, Ana Rosa, Jackson Antunes, Stenio Garcia, entre outros.
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Um desses nomes foi Carlos Vereza, que está longe da telinha desde 2018, quando participou da série Sob Pressão. Antes disso, o ator, que atualmente tem 84 anos, havia feito Além do Tempo (2015), Velho Chico (2016) e Os Dias Eram Assim (2017).
Um dos astros de O Rei Gado, na qual viveu o senador Roberto Caxias, Vereza se envolveu em diversas confusões e colecionou processos na Justiça nos últimos anos por conta de suas opiniões políticas. No entanto, ele passou por uma situação ainda mais complicada em 1990.
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Naquele ano, Carlos Vereza (na foto acima em Pacto de Sangue, com Armando Paiva) rompeu o tímpano acidentalmente durante a gravação de uma cena da série Delegacia de Mulheres, exibida pela Globo. Como o mesmo descreveu, ele sentiu como se a cabeça estivesse tomada por um enxame de abelhas.
Para completar, esses problemas foram agravados por um acidente de carro que causou danos à sua coluna. Tudo isso desanimou o ator, que chegou a cogitar tirar a própria vida.
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“Pensei em suicídio, claro que pensei”, relembrou Vereza ao jornal O Globo em 9 de março de 2013.
“Eu ia de clínica em clínica e ninguém resolvia nada. Numa, chegaram a dizer ‘Ai, ó, se deu bem. Vai ficar no quarto em que ficou Raul Seixas’, como se fosse um upgrade para a minha doença. E tome injeção. Eu me sentia como se estivesse rodando em cima de um LP. Dava para imaginar por que o Raul Seixas gostava daquele lugar”, completou.
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Destaque em O Rei do Gado
Felizmente, o ator conseguiu se recuperar, desistiu da ideia e prosseguiu sua carreira, atuando em títulos como De Corpo e Alma (1992), Agosto (1993), Pátria Minha (1994), Cara & Coroa (1995), O Fim do Mundo (1996), Corpo Dourado (1998) e Hilda Furacão (1998).
Após dar vida ao senador que fez história em O Rei do Gado, ele voltou a se destacar em O Cravo e a Rosa (2000), quando viveu o rico Joaquim. O folhetim de Walcyr Carrasco também foi reprisado recentemente, na faixa chamada Edição Especial.
Misterioso e calculista, Joaquim era pai de Marcela (Drica Moraes), uma mulher liberal que lhe causava desgostos. Ele atribuía a perdição da filha a Petruchio (Eduardo Moscovis), a quem jurou vingança, fazendo de tudo para que o matuto perdesse a sua fazenda e também o casamento com Catarina (Adriana Esteves).
Além de ser enganado pela filha inescrupulosa, Joaquim descobriu, ao longo da trama, ser pai do simplório e inocente Januário (Taumaturgo Ferreira), fato que amoleceu seu coração.
Posteriormente, Vereza esteve em O Clone (2001), Kubanacan (2003), Começar de Novo (2004), Sinhá Moça (2006), Duas Caras (2007), Paraíso (2009), Escrito nas Estrelas (2010) e Amor Eterno Amor (2012).
Brigas e processos
Sua posição política trouxe muita dores de cabeça nos últimos tempos. Vereza processou colegas de trabalho, como José de Abreu, que lhe chamou de “esclerosado”, e Mário Gomes, que fez críticas em áudio divulgado no WhatsApp. Depois, registrou queixa-crime contra um fotógrafo que o xingou nas redes sociais, também por divergências políticas.
Ex-apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ele defendia a candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, dizendo que ele era a “única via”. Outras polêmicas envolvendo o ator vão desde a mudança drástica de ideologia política, premonições, conversa com espíritos, ovnis e críticas ao movimento LGBTQIA+.
Carlos Vereza foi casado com as atrizes Renata Sorrah (de 1969 a 1974), Xuxa Lopes (1974 a 1976) e com a artista plástica Delma Godoy (de 1976 a 1991), com quem teve uma filha, a atriz Larissa Vereza.
Com a atriz e cantora Andréa Ferreira, teve sua segunda filha, Diana; já com a jornalista Vanessa Mazzari (casado desde 2001), seu terceiro filho, Luiz Sérgio.