Após 6 meses de luta, câncer agressivo levou fenômeno dos anos 90
20/02/2023 às 11h24
No final da década de 1990, um grupo formado por sete irmãos com harmoniosas vozes e um jeito peculiar de mexer o pescoço era figurinha carimbada nos programas de TV. Inspirado na soul music estadunidense, o Fat Family frequentou os principais shows de auditório e emplacou várias canções em trilha de novela.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O grupo sempre transmitiu alegria por onde passava, mas também viveu seus dramas. Um deles foi a perda de Deise Cipriano, uma das principais vozes do conjunto, que perdeu a luta contra o câncer e nos deixou cedo demais.
Febre
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em 1998, o Fat Family passou a frequentar as paradas de sucesso com a canção Jeito Sexy, que projetou o grupo. A música, uma versão de Shy Guy, de Diana King, integrava o primeiro álbum dos cantores, lançado naquele mesmo ano, e que vendeu mais de 250 mil cópias.
Formado pelos irmãos Sidney, Celinho, Celinha, Simone, Suzete, Kátia e Deise Cipriano (com a inclusão da “oitava irmã”, Suely, a partir do segundo disco), Fat Family chamava a atenção não apenas pelo belo conjunto de vozes poderosas, mas também pela simpatia e bom humor.
LEIA TAMBÉM:
● Saiba o que aconteceu com Chris Pitsch, a Bárbara de A Viagem
● Saiba o que aconteceu com Léa Garcia, a Natália de A Viagem
● Saiba o que aconteceu com Antônio Pompeo, o Paulinho de A Viagem
Não por acaso, estavam sempre batendo ponto no Domingão do Faustão, Planeta Xuxa, Programa Raul Gil, Domingo Legal e todos os principais programas de auditório daquela época.
O sucesso ficou ainda maior em 1999, quando o conjunto emplacou uma canção na abertura de uma novela. A música Gulosa foi a escolhida para embalar a vinheta de Andando nas Nuvens, trama das sete escrita por Euclydes Marinho. Para isso, o grupo até fez uma alteração na letra original, trocando a frase “quero ser a dona do seu prazer” por “quero andar nas nuvens com você”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mudança de rumo
O Fat Family seguiu com bastante sucesso nos anos seguintes, lançando mais dois álbuns. Em 2003, no entanto, o grupo mudou de rumo ao lançar o quarto álbum, no qual incluiu regravações e canções gospel no repertório. Depois disso, a família de cantores passou a se dedicar à música religiosa.
Já em 2005, Celinho, Suzete e Kátia se submeteram à cirurgia de redução do estômago. Dois anos depois, foi a vez de Simone passar pelo mesmo procedimento.
Além disso, alguns integrantes deixaram o grupo para seguir carreira solo. Sidney Cipriano saiu em 2006, quando adotou o nome artístico Sidney Sinay e passou a se dedicar ao gospel. Celinha Batista fez o mesmo e já lançou três discos: ela adotou o nome artístico Célia Soul (foto acima). Por fim, Suely Cipriano também deixou o grupo em 2016, mas não seguiu carreira solo.
Batalha contra o câncer
Reprodução / Redes Sociais
Deise Cipriano (na foto acima com a família, em um hospital) era considerada uma das maiores vozes do Fat Family. A cantora impressionava com sua habilidade de alcançar as notas mais altas. No entanto, ela passou por um grave problema de saúde em 2018, quando foi diagnosticada com um câncer no fígado. Deise foi internada em agosto daquele ano no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
No período em que lutava contra a doença, a cantora recebeu inúmeras manifestações de apoio. A cantora Simony, que atualmente também trava uma batalha contra a doença, foi visitá-la no hospital. Celebridades como Claudia Leitte, Neymar e Maurício Mattar se manifestaram nas redes sociais.
A família também manteve-se ao lado de Deise Cipriano todo o tempo. Sua filha, Talita Cipriano, e sua irmã Simone até rasparam a cabeça como uma forma de homenageá-la.
“Mãe, você não está sozinha. A família Cipriano está aqui te apoiando! Estou com você, meu amor. Pra sempre, te amo”, escreveu Talita no Instagram.
No entanto, a cantora acabou não resistindo e faleceu em 12 de fevereiro de 2019, aos 39 anos.
Outra perda
Reprodução / Redes Sociais
Deise não foi a única baixa enfrentada pelo Fat Family. Antes dela, o grupo passou pelo drama da perda de Sidney Cipriano, um dos líderes e fundadores do grupo.
O cantor morreu em 2011, após sofrer um AVC.
