A edição que o SBT vem realizando na novela Rebelde é um verdadeiro mistério. O canal aumenta e diminui constantemente os cortes que aplica no folhetim sem se valer de um critério definido.

Rebelde - Dulce Maria
Dulce María como Roberta em Rebelde (Divulgação / Televisa)

Isso porque a história protagonizada pelo sexteto do grupo RBD passou a ser fortemente acelerada pelo canal no início de agosto, quando chegou a exibir três capítulos condensados em um.

Com tanta correria, a produção, caso seguisse com a mesma edição, terminaria no mês de outubro. Contudo, os critérios novamente mudaram. Assim, é praticamente impossível prever até quando a novela fica no ar.

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Audiência estável

Atrizes de Rebelde
Angelique Boyer (Vick), Anahí (Mia) e Estefanía Villarreal (Celina) em Rebelde (Divulgação / Televisa)

Cabe observar que Rebelde obteve uma ligeira melhora em seus índices de audiência, que se estabilizaram em três pontos. Com isso, os cortes nos capítulos diminuíram.

A audiência parece modesta, mas o folhetim mantém a mesma média de todas as atrações que o antecedem na programação, como as séries Um Maluco no Pedaço e Henry Danger, além da reprise de Chiquititas e do Fofocalizando.

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De algumas semanas para cá, a estação passou a exibir pouco mais de um capítulo por dia, indicando que o canal não pretende, dessa forma, finalizar a reprise em tempo recorde como parecia.

O que diz o SBT sobre os cortes em Rebelde?

Rebelde - Alfonso Herrera, Anahí, Christopher von Uckermann e Dulce María
Dulce María, Christopher von Uckermann, Anahí e Alfonso Herrera, protagonistas de Rebelde (Divulgação / Televisa)

Procurada, a assessoria do canal confirmou que a novela seguirá passando por edições, mas explicou que os cortes ocorrerão de acordo com as necessidades da programação.

O TV História perguntou ainda quando a emissora pretende encerrar Rebelde e se planeja ou não exibir as outras temporadas da história, mas, por questões estratégicas, o SBT preferiu não informar.

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O que vai ficar no lugar de Rebelde?

Bárbara Paz e Ricardo Ramory em Maria Esperança
Bárbara Paz e Ricardo Ramory em Maria Esperança (divulgação/SBT)

Tão incógnito quando a edição são as previsões para a sua substituta nas tardes da emissora.

Não se sabe se o SBT continuará apostando em títulos juvenis, como as duas tramas que abrem a faixa vespertina, ou se voltará a investir em telenovelas adultas.

Caso volte a investir em dramas mais maduros, também é um mistério se o suposto título será mexicano ou se a direção retomará a transmissão dos remakes brasileiros que vinham investindo no horário, como Esmeralda (2004), Cristal (2006), Maria Esperança (2007, foto acima) e Marisol (2002).

Da mesma forma, ainda não se sabe se a faixa de fato continuará. Segundo notícias, Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos e atual vice-presidente da empresa, promete mexer na programação a partir do ano que vem.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor