O MasterChef Brasil perdeu a jurada Paola Carosella em 2020. Outro membro do júri que deu fama ao programa, Henrique Fogaça, também está de saída.
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O que muita gente não lembra é que, tempos atrás, a emissora quase perdeu o formato. A Band e a produtora Endemol Shine foram alvos de um processo aberto pelo instituto de gastronomia argentino Mausi Sebess.
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O conflito se arrastou na Justiça por dois anos. O canal dos Saad só obteve liberação para a exibição da nona temporada às vésperas da estreia.
Tribunal
De acordo com o portal Notícias da TV, a escola de gastronomia processou a Band e a Endemol Shine por conta do domínio do título. A Mausi Sebees, porém, perdeu as liminares impetradas em caráter de urgência, ainda em 2020, e também a primeira instância. O resultado final somou mais uma derrota para o instituto.
Em 11 de maio do ano passado, a Câmara Cível do Rio de Janeiro recusou o recurso da Mausi Sebess e manteve MasterChef como nome de programa.
A desembargadora Andréa Maciel Pachá argumentou que o instituto de gastronomia e a emissora não praticam atividades colidentes, visto que, mesmo com o nome registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), a escola só oferece cursos no Brasil, estando longe de produzir qualquer atração televisiva.
Título de peso
No mesmo documento, a magistrada reiterou que a Band e a Endemol já utilizavam a marca MasterChef desde 2014, tornando o nome “notoriamente reconhecido em seu ramo”. A inconsistência das provas apresentadas pelo instituto Mausi Sebess também pesou a favor do canal e da produtora.
“Finalmente, o provimento do recurso levaria ao risco de dano reverso, uma vez que o programa, exibido há anos sem objeção, encontra-se na iminência de nova estreia, e a sua suspensão poderia causar danos infinitamente maiores, e de mais difícil reparação, do que eventual e futuro ressarcimento por parte da apelante”, pontuou a desembargadora.
Histórico
A Mausi Sebess possui sede em Buenos Aires, capital argentina, e atua há 28 anos no mercado de ensino culinário oferecendo cursos à distância – como o “Educação MasterChef” para brasileiros. O registro da marca pela escola, aliás, aconteceu bem depois do MasterChef surgir no Brasil, em 2014.
A Endemol, que distribui a disputa culinária mundo afora, solicitou o registro da marca Master Chef, com as duas palavras separadas, um ano antes da estreia do programa na Band. A produtora chegou a solicitar o domínio absoluto da marca no Brasil, o que foi negado pelo INPI.
Com esta medida, o órgão possibilitou que a escola registrasse o nome MasterChef em 2017. O processo contra a Band e a Endemol Shine só veio em 2020.