Antes de partir, jornalista resolveu futuro das filhas: “Tudo encaminhado”

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Um dos principais rostos da televisão brasileira, Gloria Maria faleceu em 2 de fevereiro de 2023, em razão de um câncer de pulmão com metástase no cérebro. A jornalista era mãe de duas garotas: Maria, de 15 anos, e Laura, de 14. Elas foram adotadas em 2009.

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O futuro das duas garotas era algo que preocupava a apresentadora do Globo Repórter. Por isso, antes de morrer, Gloria deixou tudo encaminhado para que as meninas tivessem seus futuros garantidos, mesmo com sua ausência.

Tudo encaminhado

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Gloria Maria adotou Maria e Laura em 2009. Na época, a jornalista fazia um trabalho voluntário num orfanato na Bahia e se encantou com as duas crianças. O processo de adoção levou 11 meses, o que fez Gloria se mudar para o estado, com o intuito de ficar mais perto das meninas.

Desde então, o futuro de Maria e Laura passou a ser uma preocupação constante da funcionária da Globo. Tanto que, em 2018, ela falou sobre o assunto ao jornal O Globo.

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“Minhas filhas não têm pai, eu decidi tê-las sozinha. Sou eu e ponto. Preciso estar bem para vê-las no balé, nos eventos da escola. O dia em que não puder estar, que morrer, elas terão tudo encaminhado. Vão estudar nos melhores lugares, têm padrinhos maravilhosos. Tá tudo certo”, explicou.

Padrinhos

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Financeiramente, Maria e Laura estão bem assistidas, já que são as herdeiras do patrimônio deixado por Gloria Maria. Elas também contam com o apoio de seus respectivos padrinhos, escolhidos pela jornalista.

O jornalista Bruno Astuto (foto), conhecido por suas participações no Mais Você, da Globo, é o padrinho de Laura. Já a confeiteira Julia Azevedo, que é afilhada de Gloria, é a madrinha de Maria. Laura também tem o padrinho de crisma, o empresário Caio Nabuco.

“Minha comadre, madrinha de casamento, confidente, terapeuta, musa e filha adolescente, tudo ao mesmo tempo”, declarou-se Bruno Astuto, em suas redes sociais.

Ícone da televisão brasileira

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Gloria Maria é considerada um ícone da televisão brasileira por ter sido desbravadora em várias frentes. Primeira repórter negra da TV, ela também foi pioneira na transmissão ao vivo e em cores do Jornal Nacional. Gloria criou um estilo único de reportagem, no qual vivia as histórias narradas.

Ela entrou na Globo como estagiária, na década de 1960, e foi efetivada nos anos 1970. Foram inúmeras as históricas reportagens tocadas pela jornalista, sempre com seu estilo bastante pessoal de se comunicar.

Além de repórter, Gloria Maria também foi apresentadora, comandando o Fantástico entre 1998 e 2007. Desde 2019, dividia o comando do Globo Repórter com Sandra Annenberg.

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