Conturbada série exibida pela Globo entre janeiro e abril de 2018, com apenas 12 episódios, Brasil a Bordo contou com um episódio envolvendo Ney Latorraca, que pode ser revisto atualmente em O Cravo e a Rosa, novela de 2000 que está sendo reprisada no início da tarde.

O Cravo e a Rosa

O veterano ator acabou deixando o elenco de Brasil a Bordo após se recusar a gravar todo o trabalho que já havia feito. O tema do programa era uma companhia aérea falida que tentava se manter no ar.

Em novembro de 2016, a emissora decidiu mudar a caracterização do comandante Durval após a gravação de alguns episódios.

Brasil a Bordo

Alegando cansaço, o artista, que tinha 76 anos na época, se recusou a repetir todo o Brasil, sendo substituído por Marcos Caruso.

“Ele me disse que não tinha fôlego para fazer tudo de novo”, declarou o criador da série, Miguel Falabella, ao jornal O Estado de S. Paulo de 18 de novembro daquele ano.

“As imagens tinham um enquadramento muito parado. Sentimos falta de uma linguagem mais dinâmica, com a câmera em movimento”, justificou, apontando outros problemas nas gravações.

Oficialmente, a Globo informou que “não houve crise” e que a “decisão foi tomada em comum acordo por ambas as partes”. O canal teria entendido que o ator não esperava gravar durante mais tempo do que o previsto.

Brasil a Bordo

Depois disso, Ney Latorraca, que está aposentado da televisão e já deixou seu testamento pronto, ainda participou de Novo Mundo e episódios do Tá no Ar: a TV na TV e Cine Holliúdy.

Outros percalços

Brasil a Bordo

Criada para ser exibida nas noites de domingo, após o Fantástico, Brasil a Bordo foi gravada em 2016, mas acabou sendo exibida na televisão aberta somente em janeiro de 2018, com fria recepção por parte do público. Antes disso, estreou no Globoplay em maio de 2017.

A Globo postergou a estreia por conta do acidente aéreo que vitimou 71 passageiros no final de 2016, incluindo dirigentes e atletas da Chapecoense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana daquele ano.

“Brasil a Bordo não é um documentário, trata-se de ficção. É uma brincadeira sobre uma companhia falida, então as personagens fazem coisas que profissionais do ramo da aviação jamais poderiam fazer”, explicou o criador da série, Miguel Falabella, na época do lançamento.

Além dele e de Marcos Caruso, participaram do projeto nomes como Arlete Salles, Stella Miranda, Maria Vieira, Mary Sheila, Maria Eduarda Carvalho e Magno Bandarz, entre outros.

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