Antes de Brega & Chique, Marília Pêra ficou 13 anos longe das novelas; saiba o motivo

25/05/2020 às 1h44

Por: Thell de Castro
Imagem PreCarregada

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Presença constante nas primeiras novelas da Globo, Marília Pêra, que morreu no dia 5 de dezembro de 2015, no Rio de Janeiro (RJ), ficou 13 anos afastada desse tipo de produção. A atriz dizia que tinha vários motivos para isso, desde a paixão pelo teatro como os extensos horários de gravações e a falta de privacidade.

Marília Marzullo Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943. Filha de atores, começou a carreira cedo, aos quatro anos, ao lado dos pais. Uma das primeiras contratadas da Globo, em 1965, emendou algumas das primeiras tramas da emissora: A Moreninha, Padre Tião, Rosinha do Sobrado e Um Rosto de Mulher.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 1968, foi para a Tupi, onde atuou em duas produções: a lendária Beto Rockfeller e Super Plá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


LEIA TAMBÉM:

De volta à Globo, viveu papeis marcantes: a taxista Noeli, em Bandeira 2 (1971), e as secretárias Shirley Sexy, em O Cafona (1971), e Serafina, em Uma Rosa com Amor (1972). Em 1974, após viver Manoela na pouco badalada Supermanoela, resolveu abandonar as novelas.

Durante 13 anos, Marília Pêra ficou afastada das tramas e pouco apareceu na TV. Protagonizou apenas a série Quem Ama Não Mata (1982) e fez participações em alguns programas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os motivos foram os mais variados: ela se dedicou a sua grande paixão, o teatro, e também ao cinema, fazendo parte de badaladas produções, entre elas Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980).

Em entrevista ao jornal O Globo de 15 de março de 1987, ela falou sobre o assunto.

“Houve muitos convites nesses anos todos, mas, por várias razões, não deu para fazer. Sei que depois que a novela estrear, vou ter de sair menos, ir menos ao restaurante ou fazer compras. O público de teatro é mais respeitoso. É um público mais de ator, geralmente pessoas que se aproximam com muita delicadeza. Na TV, as pessoas se sentem meio donas de você. Batem nas suas coisas, falam de qualquer maneira. Nós atores queremos que o Brasil inteiro nos conheça, mas quando começa a não se poder sair de casa, quando todo mundo te conhece, dá uma paranoia…”, declarou.

Em 1987, a atriz resolveu aceitar o convite de Cassiano Gabus Mendes, com quem nunca tinha trabalhado, para estrelar a novela das sete Brega & Chique ao lado de Glória Menezes.

A novela, que está sendo exibida atualmente pelo canal Viva, foi bem-sucedida, chegando a alcançar Ibope maior que a trama das oito, O Outro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Foi um dos maiores sucessos da carreira televisiva da atriz, quando viveu a desligada socialite Rafaela Alvaray, que passava de milionária a pobretona em pouco tempo e era obrigada a trabalhar para se sustentar.

Em outra entrevista ao mesmo jornal, em 1º de novembro de 1987, ela voltou ao assunto. “Antigamente os horários de gravação eram mais extensos, ficava muito cansativo juntar novela e teatro. Quando o Cassiano Gabus Mendes, com quem eu nunca havia trabalhado, me contou como seria a Rafaela, gostei”.

Em 1988, veio outro grande sucesso: a vilã Juliana, da minissérie O Primo Basílio.

Apenas uma novela das oito

Um fato curioso da carreira de Marília Pêra é que apesar de ter atuado em novelas desde 1965, ela participou de sua primeira trama no principal horário da Rede Globo com um personagem fixo apenas em 2007, em Duas Caras, quando viveu Gioconda de Queiroz Barreto.

Antes disso, ela havia participado especialmente, como ela mesma, de Rainha da Sucata (1990) e Celebridade (2003). A última participação de Marília Pêra em novelas foi em 2011, quando viveu a vilã Maruschka em Aquele Beijo. Depois disso, a atriz participou da série Pé na Cova, que acabou sendo seu último trabalho.

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.