Aniversário de São Paulo: 10 novelas que tiveram a cara da cidade

A Próxima Vítima

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No dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 468 anos. A maior cidade brasileira já serviu de cenário para várias novelas. Muitos novelistas incorporaram Sampa às suas histórias, reverenciando a cidade por meio de bairros, ruas e avenidas ou usando como cenários lugares conhecidos e pontos turísticos da metrópole.

Abaixo listo 10 novelas em que São Paulo era quase um personagem.

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Confira:

Beto Rockfeller, de Bráulio Pedroso (1968-1969)

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A novela que renovou e deu identidade à teledramaturgia brasileira teve 80% de suas cenas gravadas em externas que mostravam ruas e locais conhecidos de São Paulo, como o bairro de Pinheiros (onde morava o protagonista Beto), os Jardins e a região da badalada Rua Augusta, onde os personagens se divertiam.

O Grito, de Jorge Andrade (1975-1976)

A novela tentou retratar o caos da vida urbana em São Paulo e, talvez por conta desta proposta um tanto quanto negativa, fracassou na audiência.

O principal cenário da trama era o fictício Edifício Paraíso, construído, no passado, no centro da cidade por uma família aristocrata, mas que se desvalorizou com a construção do Elevado Presidente Costa Silva, popularmente conhecido como Minhocão, bem à sua frente.

Hoje rebatizado de Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão foi inaugurado em janeiro de 1971, quase cinco anos antes da novela. Entre os moradores do Edifício Paraíso, Katia (Yoná Magalhães), uma sobrevivente do incêndio no Edifício Joelma, em 1974, uma triste lembrança recente na época.

Guerra dos Sexos, de Silvio de Abreu (1983)

A novela tinha o então recém-inaugurado Shopping Eldorado como o cenário onde ficava a loja Charlô´s. Silvio de Abreu enxergou na loja de departamentos dentro de um shopping center o ambiente ideal para sua comédia.

O último capítulo exibiu um show de dança dentro do Eldorado, com a participação do elenco, que se despedia da novela.

Cambalacho, de Silvio de Abreu (1986)

O último capítulo exibiu uma verdadeira declaração de amor à cidade: bailarinos dançaram a música “Armando Eu Vou” (cantada por Cida Moreira) pelos cenários da novela e por pontos turísticos de São Paulo, como a Praça da Sé, o Viaduto do Chá e o alto do edifício da prefeitura da cidade.

Por fim, uma tomada aérea focalizou os bailarinos que formaram a palavra “cambalacho” no Viaduto Santa Ifigênia, no centro da capital paulista.

Bebê a Bordo, de Carlos Lombardi (1988-1989)

O primeiro capítulo foi antológico e contou com a participação efetiva da cidade. Ana (Isabela Garcia), grávida de nove meses, pega uma carona no carro de Tonico (Tony Ramos) para fugir da polícia, fazendo dele seu refém.

Os dois perambulam pelo trânsito caótico da cidade, da Avenida Faria Lima à Avenida Paulista, passando pela Rua Augusta. E Ana acaba por sentir as dores do parto e, em pleno congestionamento, dá a luz a uma menina, com a ajuda de Tonico. As vidas dos três personagens estavam entrelaçadas.

Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu (1990)

Os Jardins, a Avenida Paulista e o bairro de Santana foram os principais cenários.

O prédio que serviu de fachada para o edifício na Avenida Paulista onde, na trama, ficava a Lambateria Sucata (que Dona Armênia queria ver na chon e do qual Laurinha Figueroa se jogou no final) é o Cetenco Plaza, localizado na Avenida Paulista 1842 (na esquina da Alameda Ministro Rocha Azevedo).

O belo edifício, todo espelhado, tem uma torre idêntica, onde funciona o Tribunal Regional Federal. As cenas para a novela foram gravadas no Cetenco Torre Norte, o mais próximo ao restaurante Spot.

A Próxima Vítima, de Silvio de Abreu (1995)

Talvez uma das tramas do autor que mais usou externas na cidade. “O frio de São Paulo me faz transpirar” já cantava Rita Lee na música da abertura, que mostrava pessoas sendo miradas em locais conhecidos da cidade:

– a piscina do terraço do Hotel Hilton, vista do alto do Edifício Itália (a câmera em movimento passa pelo Edifício Copan);
– Parque do Ibirapuera, com passagem por um de seus lagos;
– entrada do metrô Consolação, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta;
– Monumento às Bandeiras;
– MASP, visto de algum ponto do alto da Avenida 9 de Julho. A câmera em movimento acelerado atravessa o vão do museu e vai parar do outro lado da Avenida Paulista, em frente ao Parque Trianon;
– final da Ladeira General Carneiro, quando desemboca na Rua 15 de Novembro, no centro da cidade.

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Vila Madalena, de Walther Negrão (1999-2000)

Como o próprio título da novela indica, a história se passava na Vila Madalena, famoso bairro boêmio de São Paulo. Mas a cidade foi mostrada de vários outros lugares, afinal, um dos personagens, Zezito (Marcelo Faria) era moto-boy e vivia circulando pelas ruas da cidade.

Nascido no interior do estado, Walther Negrão, à época, morava há cinco anos no bairro e contou que o considerava um pedaço especial de São Paulo, pela concentração de restaurantes sofisticados, bares boêmios, galerias de arte e produtoras de cinema.

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Ti-ti-ti, de Maria Adelaide Amaral (2010-2011)

A versão da autora para este clássico de Cassiano Gabus Mendes abusou de São Paulo para ilustrar as desavenças entre Victor Valentim (Murilo Benício) e Jacques Leclair (Alexandre Borges).

Os bairros do Tatuapé, Anália Franco e Belenzinho, na Zona Leste, foram retratados. Alguns personagens estudavam na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), um cenário bastante utilizado na história.

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I Love Paraisópolis, de Alcides Nogueira e Mário Teixeira (2015)

Ambientada na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul da cidade, a trama nunca deixou de reivindicar questões sociais pertinentes da região – ainda que de forma fantasiosa, já que seria impossível mostrar a realidade nua e crua em uma novela das sete, nem este era o objetivo da produção.

A novela não escancarou a violência ou problemas públicos como saúde ou transporte – mas foram citados. Ainda abordou o racismo e o preconceito social de forma informativa.

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