Tom Veiga, o artista por trás do Louro José, partiu nesse domingo (01/11) emocionando o Brasil. Sua morte, aos 47 anos de idade, causou comoção nacional. Foram incontáveis as manifestações nas redes sociais se solidarizando com Ana Maria Braga, familiares e amigos.

Por mais de duas décadas, Louro José e Ana Maria Braga formaram uma das parcerias mais bem-sucedidas da história de nossa televisão. Em uma dobradinha perfeita, o papagaio de espuma divertia a apresentadora e o público de casa, deixando o programa ainda mais leve e descontraído.

Era incrível a versatilidade de Tom Veiga, sua inteligência e timing para piadas e para lidar com situações inusitadas. Tom revelou-se, acima de tudo, um grande artista, por interpretar com grande capacidade de improvisação um personagem para o qual emprestou sua sagacidade, graça e raciocínio rápido. Marcou também o estilo debochado e xavequeiro, que encantava a todos.

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Ana Maria Braga iniciou seu programa Mais Você, nesta segunda-feira (02/11), com a voz embargada e segundos depois já se entregava ao choro. Foram homenagens com clipes e depoimentos de companheiros de produção e amigos artistas. Sem roteiro, a apresentadora não escondeu a emoção e conduziu as homenagens de maneira respeitosa, acima de tudo reverenciando o amigo – seu “filho”, como ela repetiu diversas vezes.

André Marques, amigo pessoal de Tom e uma das primeiras pessoas a vê-lo sem vida, estava emocionadíssimo, chorando copiosamente.

Ana Maria anunciou no Mais Você a causa-morte, primeiro afirmando ter sido um infarto. A informação foi logo corrigida com um link no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, em que os médicos concluíram que Tom sofreu um acidente vascular cerebral por causa de um aneurisma.

No ano em que a TV Brasileira completa 70 anos, parte um pedaço de sua história: um artista e um personagem que marcaram uma geração. Impossível ficar alheio a um papagaio tão encantador que, por mais de duas décadas, divertiu de forma lúdica milhões de pessoas de todas as idades.

“Qual é que é? Qual é que é?
Eu sou o Louro, sou o Louro José!”

SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.

SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor