Brega & Chique, próximo cartaz do VIVA às 14h30 – saiba mais! – integra a lista de “mais pedidas” do canal, referente ao mês de fevereiro, de acordo com dados publicados pela jornalista Cristina Padiglione, do site TelePadi. O TV História teve acesso, com exclusividade, aos títulos dos folhetins mais desejados pelo público de janeiro.

A lista não difere muito do ranking do mês seguinte, exceto pela presença de Amor com Amor se Paga. O folhetim de Ivani Ribeiro, exibido originalmente em 1984 e reapresentado em Vale a Pena Ver de Novo em 1987, recebeu uma considerável quantia de pedidos, assim como Livre Para Voar (1984), Vale Tudo (1988) – já exibida no VIVA – e Brega & Chique. Em fevereiro, as três últimas também foram lembradas, assim como Selva de Pedra (tanto o original de 1972, quanto o remake de 1986), Mandala (1987) e Locomotivas (1977).

Chama atenção os números de pedidos para uma segunda apresentação de Vale Tudo no canal. A trama de Gilberto Braga, escrita também por Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, completa 30 anos em maio – uma parcela dos telespectadores do VIVA “exige” homenagem, como ocorreu em 2017, nos 20 anos de Por Amor. ‘Vale’ contribuiu para o boom do VIVA em 2010, ano de seu lançamento. Reapresentada à 00h45, a novela arrebatou as redes sociais, gerando perfis fakes e suscitando comentários até de gente famosa!

Saiba mais sobre as tramas mais pedidas pelo público do VIVA

Escrita por Walther Negrão, e exibida às 18h em 1984, Livre Para Voar já deu o ar da graça em outras listas de “mais pedidas” divulgadas pelo VIVA. O folhetim conta com um fã-clube dedicado, ávido pelo repeteco da história de amor (e farsa) do casal Pardal (Tony Ramos) e Bebel (Carla Camuratti): ela, herdeira de uma fábrica de cristais, se faz passar por Cristina, a moça do cafezinho, para testar a idoneidade de seus funcionários. Não demora muito para que desmascare os vilões Danilo (Carlos Augusto Strazzer), que planeja desposá-la, e Helena (Dora Pellegrino). Já Pardal oculta o passado de arquiteto renomado, acusado de um crime que não cometera, vivendo humildemente em um vagão de trem, ao lado do maquinista Pedrão (Elias Gleizer) e do menor abandonado Gibi (Fernando Almeida).

Vale Tudo não só confrontou o telespectador com a questão “vale a pena ser honesto no Brasil?”, como também propiciou ao público a chance de acompanhar um folhetim repleto de viradas, com diálogos primorosos e sequências que entraram para a história da televisão brasileira! Em cena, a arrivista Maria de Fátima (Glória Pires), que vende a casa do avô recém-falecido e parte para o Rio de Janeiro, deixando para trás a mãe, Raquel (Regina Duarte). Fátima ascende socialmente ao se unir aos Roitman, através do casamento com o filho da megera Odete (Beatriz Segall). Já Raquel empreende no meio gastronômico, buscando meios legais de derrubar não só a filha, como também sua maldita sogra. No elenco, destaque para Antonio Fagundes, Cássia Kis, Cássio Gabus Mendes, Lídia Brondi, Reginaldo Faria e Renata Sorrah.

Café requentado, cronômetro no chuveiro e cadeados no fogão, na geladeira e nos armários. Desta forma, o sovina Nonô Corrêa (Ary Fontoura) buscava reduzir as despesas da casa em que vivia com os filhos Elisa (Bia Nunnes) e Tomás (Edson Celulari), além da empregada Frosina (Berta Loran). Eis que a presença do órfão Zezinho (Oberdan Jr) e o interesse na jovem Mariana (Cláudia Ohana) – que lhe é entregue em casamento, em troca do perdão de uma dívida – acabam por “bagunçar” a rotina de economia do velhote. O problema é que Mariana só tem olhos para Tomás, seu futuro enteado. Adaptação de Ivani Ribeiro para o clássico O Avarento, de Molière, Amor com Amor se Paga, no ar em 1984, conquistou uma das maiores audiências do horário das 18h da Globo.

Em 1972, Janete Clair conquistou 100 pontos de audiência com Selva de Pedra, um dos maiores sucessos da TV de todos os tempos. Exatamente por isto, o texto foi escolhido para substituir a aclamada Roque Santeiro, em 1986. Não é possível garantir que a versão original está na íntegra, o que inviabilizaria uma eventual apresentação no VIVA – segundo consta, apenas o compacto exibido às 20h em 1975 encontra-se disponível. O remake, certamente, está. ‘Selva’ narra a trajetória de Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco / Tony Ramos), que, para ascender socialmente, trama a morte da esposa, Simone Marques (Regina Duarte / Fernanda Torres), planejando casar-se com a socialite Fernanda (Dina Sfat / Christiane Torloni). Arrependido, ele não consegue subir ao altar; enquanto Fernanda enlouquece, Simone assume uma nova identidade, Rosana Reis, buscando vingar-se do marido.

Mandala, de Dias Gomes, relata a luta do homem contra seu próprio destino, através de Laio (Taumaturgo Ferreira). Uma previsão do guru Argemiro (Marco Antônio Pâmio / Carlos Augusto Strazzer) faz com que o alienado jovenzinho trame o sumiço do próprio filho, fruto da relação com a politizada Jocasta (Giulia Gam). Anos depois, Laio (Perry Salles) morre pelas mãos de Édipo (Felipe Camargo), o herdeiro que rechaçou e que irá se envolver amorosamente com a própria mãe (Vera Fischer), conforme Argemiro (Carlos Augusto Strazzer) sentenciou. Ainda, o bicheiro Tony Carrado (Nuno Leal Maia), admirador de Jocasta, a “deusa”. A Censura implicou com o enredo, jocosamente apelidado pela crítica como “samba do grego doido” – referência à tragédia Édipo Rei, de Sófocles, que inspirou a trama.

Maior sucesso da faixa das sete na década de 70, Locomotivas consagrou o estilo Cassiano Gabus Mendes: belíssimas atrizes, humor refinado e drama comedido. Aqui, os atributos do elenco feminino eram realçados num dos principais cenários da trama: um salão de beleza, de onde saíram costumes e modismos daquele 1977 (como a bolsa de plástico que Fernanda (Lucélia Santos) usava). O humor estava a cargo do português Machadinho (Tony Corrêa), seus tios aloprados e as mulheres que o disputavam. Drama apenas nos conflitos de Margarida (Mirian Pires), que nutria um ciúme doentio do filho; e Milena (Aracy Balabanian), apaixonada pelo homem que conquistou sua filha, Fernanda, criada como se fosse sua irmã – supostamente adotada por Kiki Blanche (Eva Todor), ex-vedete, proprietária do salão.

Nos 30 anos do último capítulo de Brega & Chique, os bastidores deste clássico das 19h!

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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.