Nos próximos dias 9 e 13, a Seleção Brasileira entrará em campo contra a Argentina e Austrália, mas com um desfalque: o Grupo Globo. Isso mesmo, você não entendeu errado! Nem a Globo e nem o SporTV transmitirão os dois jogos da equipe comandada por Tite na “terra do canguru”.

Por mais que os jogos estejam marcados para começar às 7h da manhã, o principal “problema” não foi esse. Agora a CBF não trabalha mais com exclusividades, ou seja, a entidade que rege o futebol brasileiro foi para o mercado e fechou uma parceria com a TV Brasil e TV Cultura.

Podemos dizer que isso é um fato histórico e uma enorme quebra de paradigma na televisão brasileira, pois desde que me entendo por gente (tenho 25 anos), apenas a Globo e o SporTV transmitiam os jogos do Brasil em amistosos e eliminatórias (já que o contrato da Copa do Mundo é fechado com a FIFA).

Mesmo que alguns jornalistas afirmem que este momento aconteceu por um atrito entre Grupo Globo x CBF, quem saiu ganhando, principalmente, foi o telespectador e, claro, o mercado televisivo e também outros meios de comunicação.

Além da TV, a CBF ofereceu o serviço para o Twitter e para o Facebook (algo que já acontece com a NFL e MLB nos EUA) abrindo inúmeros campos de marketing e também favorecendo o público que (agora) não precisa apenas da TV para assistir um jogo.

Outro ponto que podemos destacar nessa nova política de não exclusividade adotada pela CBF é a abertura para outros canais de televisão transmitirem as partidas; como aconteceu no amistoso entre Brasil x Colômbia.

Mesmo que a Globo saiba de cor e salteado a “receita” de como realizar uma transmissão, abrir a possiblidade para a TV Brasil, RecordTV, Band, Esporte Interativo e demais canais faz com que surja a oportunidade de conhecermos novos olhares e opiniões dos narradores, comentaristas e repórteres.

A CBF inicialmente convidou Nivaldo Prieto (atualmente no Fox Sports) para narrar e como colegas de trabalho os comentaristas e campeões mundiais Pelé e Denílson (que está na Band). Acredito que nada impeça que futuramente exista um adendo neste novo contrato para que os canais possam ter a equipe própria de narradores e comentaristas, mas logo de cara teremos uma surpresa.

Agora a CBF passa a adotar um movimento que é bem comum em outros países, e torcemos para que dê certo e todos saiam ganhando, principalmente o telespectador que possui o direito de poder escolher em qual canal ele pode assistir.

DOUGLAS SILVA é formado em jornalismo, trabalhou como produtor e social mídia em rádios e TVs de BH. Ama falar sobre televisão e tem paixão por fotografia e futebol americano. Contatos podem ser feitos pelo Twitter: @uaiteve. Ocupa este espaço às terças


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