Álvaro Garnero comemora dez anos do 50 Por 1: “Enquanto eu ainda me surpreender, a gente pode continuar”

Quando chegou à Record, em 2007, o 50 por 1 começou absolutamente sem muita pretensão. Estreou nas madrugadas de sábado para domingo, após o Show do Tom, que na ocasião era exibido naquele horário.

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Mas, aos poucos, o formato foi achando o seu tempo. Hoje, é um dos programas mais longevos da casa. No último dia 23 de junho, completou 10 anos no ar na emissora.

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Hoje, sem sombra de dúvidas, vive seu melhor momento. É exibido dentro do Domingo Espetacular, revista eletrônica dominical da RecordTV. Mais que isso: é o pico do programa.

No último domingo (25), por exemplo, a Record obteve 12 pontos de média durante a exibição do, agora, quadro. É algo que alegra Álvaro Garnero, que falou sobre a atual fase em entrevista exclusiva ao TV História. “Enquanto eu ainda me surpreender, a gente pode continuar, e eu me surpreendo todo dia nessas viagens.”. 

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Confira a entrevista na íntegra:

TV História – Vocês acham que o programa vive seu auge agora, já que está no horário mais concorrido da TV, o Domingo à noite? Como fazem para manter a atração envolvente?

Álvaro Garnero – Hoje o 50 por 1 está numa posição privilegiada, com dois dígitos de audiência e, apesar de estar no ar há tanto tempo com um público fiel, acabou alcançando um novo público, que vê agora o formato como uma novidade. O grande desafio é mostrar a quem não conhece o 50 por 1 que a gente sabe o que está fazendo e não decepcionar o público que já conhecia nosso programa, levando sempre surpresas.

Como funciona a pesquisa de temas para gravações, o que vocês priorizam?

A prioridade é sempre o novo. Todo mundo foi? Todo mundo faz? Não é o que a gente vai fazer. Estamos acabando de fechar uma viagem para Paris. Centenas de programas já gravaram em Paris, mas posso te garantir que nenhum gravou o que vamos gravar.

Nesses dez anos, qual a viagem inesquecível? E o momento mais difícil?

A Volta ao Mundo foi inesquecível porque foi a primeira vez que viajei nessa loucura de fazer tudo com um prazo curtíssimo e, principalmente, sem avião. A todo momento, achava que a gente não conseguiria – e essa emoção dá um gosto a mais à viagem. Já o momento mais difícil foi a perda do meu produtor executivo e melhor amigo, Parris Bittencourt, no início das gravações para o Domingo Espetacular.

Por quanto tempo acham que o programa tem fôlego para continuar?

Enquanto eu ainda me surpreender, a gente pode continuar, e eu me surpreendo todo dia nessas viagens.

Ainda existe algum destino que não visitaram e que desejam muito?

Tem muita coisa na África, no Leste Europeu, na Ásia… E ainda há os lugares que a gente quer muito voltar, ou porque não mostrou tudo ou porque coisas novas surgiram. Quando você é mordido pelo bichinho da viagem acho que a coisa fica crônica.

Como é a relação com a Record nesses dez anos?

A Record é uma grande parceira e tenho uma gratidão enorme, não só com a emissora, mas com o Domingo Espetacular, por colocar no ar um formato que, no discurso padrão, seria descrito como “um programa para TV a cabo”. Colocar esse conteúdo no ar e manter por tanto tempo na TV aberta não é só uma prova de confiança em nossa equipe, mas uma prova de coragem. A Record e o Domingo Espetacular estão mostrando que qualidade e cultura ainda podem – e devem – ter espaço na TV aberta, porque têm audiência.


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