Alexandre se comunica com Alberto, sumiço de Patty e deslize de Ismael: a 16ª semana de A Viagem
11/04/2021 às 14h40
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As semanas de A Viagem seguem sem grandes acontecimentos. Porém, acho que ainda não dá para chamar de “barriga”. Talvez uma pancinha. Sinto que a morte de Otávio está próxima, o que irá movimentar a novela.
• Entre os fatos que marcaram a semana, está o sumiço de Patty. Após mais uma crise de Téo, a menina saiu sozinha pelo restaurante e perdeu-se no parque. O capítulo de quarta-feira foi todo dedicado à busca dos personagens pela menina. Achei as cenas muito boas. Os personagens e a direção conseguiram passar um clima de tensão.
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A menina Viviane Pinheiro é uma graça e é sempre bom ver a personagem com o pai Téo, ainda mais porque sabemos que a relação dos atores era ótima. Como já afirmei aqui anteriormente, Viviane revelou ao Video Show que adorava Maurício Mattar!
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• Outra sequência importante foi o “bola fora” de Ismael, que perdeu o controle na frente da filha Bia e de Estela quando Regina inventou de que eles queriam “juntar os panos”. Ismael caiu em contradição, já que ele inventa para Bia que sua intenção é reconstruir sua relação com Estela e a menina se escora nisso. Ainda é pouco, mas talvez tenha acendido um alerta amarelo na cabecinha oca de Bia.
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• Eu sei que foi uma cena séria, mas gargalhei quando, na sequência da reunião mediúnica na casa de Alberto, em que Alexandre incorpora uma médium, ela fala com a voz dele “Que palhaçada!“. Humor involuntário. Ri, mas com respeito!
Estranhei o fato da médium falar com a voz do espírito. Um amigo conhecedor do assunto afirmou que não acontece dessa forma. O máximo é o espírito induzir o médium a imitar a voz dele. No caso em questão, seria impossível, porque a médium (uma mulher) não reproduziria fielmente o timbre grave de um homem.
De qualquer forma, entendemos que há uma licença poética a que a novela se permite, até para causar maior impacto e também para a cena ficar mais didática.
• Finalmente começou a tocar a trilha internacional de A Viagem. No encerramento do capítulo de quarta-feira, quando Téo encontra Patty, que estava desaparecida, ouvimos I´ll Stand By You (Pretenders) – que voltou a tocar no dia seguinte, em uma cena de boate. Tocaram ainda Why Worry (Art Garfunkel) e Crazy (Julio Iglesias), nos encerramentos dos dias seguintes.
A trilha internacional de A Viagem foi um sucesso de vendas: de acordo com site Memória Globo, vendeu mais de 600 mil cópias. Durante a reprise da novela em 2006 (no Vale a Pena Ver de Novo), a Som Livre relançou no mercado o CD internacional, sendo esta a única ocasião em que uma trilha internacional de novela foi relançada.
• No capítulo de segunda-feira, houve uma cena perdida de Maria, a babá de Patty, pega por Estela vestida com roupas de Diná. Sei que esse plot avança, mas durante a semana não se falou mais no assunto.
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• A cena de briga entre Tato e seu amigo Caíto soou forçada e gratuita. Ainda mais porque Caíto sempre foi mostrado como um rapaz calmo, já que o amigo arruaceiro é Johnny. O objetivo da sequência deve ser para reforçar a admiração que Tato tem pelo pai Otávio. Ou para fazê-lo tomar coragem para enfrentar a turma de Ismael e não parecer tão “certinho”.
Na novela original (da Tupi, de 1975), Caíto e Johnny são um personagem só, chamado Caíto, vivido por Kadu Moliterno. Na Globo, Johnny é Danton Mello e Caíto é Lúcio Mauro Filho, novinho, em sua primeira novela.
• Vocês não acham Kazuo (irmão de Okida) um “japonês” muito caricato? O sotaque, os maneirismos, os conhecimentos em informática. Parece estereotipado demais.
• O ator que fez o juiz na audiência de divórcio de Estela (que já havia aparecido na audiência do divórcio de Diná) é o saudoso Alberto Perez (falecido em 2002), conhecido de algumas novelas, principalmente da década de 1970, como Senhora, Vejo a Lua no Céu e Duas Vidas.
SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.
SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.