Já vi isso antes: Além da Ilusão recicla tramas de duas novelas da Globo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nova novela das seis da Globo, Além da Ilusão revigorou a faixa das seis depois da soturna Nos Tempos do Imperador. Aspectos da trama, no entanto, lembram duas outras novelas da emissora.

Na sequência mais forte da novela até então, após ter sido flagrada seminua pelo pai Matias com Davi, Elisa decidiu fugir com seu amado, mas acabou assassinada com um tiro no peito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Matias vinha reclamando de uma constante dor no joelho desde a estreia da trama e foi difícil entender a razão para tamanha ênfase. Tudo ficou claro quando o juiz atirou em Davi para impedir a fuga dos apaixonados, mas sua dor o fez perder o equilíbrio e acabou acertando a própria filha. A cena foi brilhantemente dirigida pela equipe de Luiz Henrique Rios e provocou todo o impacto necessário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

A continuação da sequência não foi menos pior, pois o personagem elaborou rapidamente uma narrativa para incriminar o mágico, que acabou preso por um crime que não cometeu.

A situação é idêntica ao enredo de Espelho da Vida, folhetim primoroso de Elizabeth Jhin, exibida em 2019.

A trama girava em torno do misterioso assassinato de Júlia Castelo (Vitória Strada). Todos pensavam que a mulher tinha sido morta por Danilo Breton (Rafael Cardoso), seu grande amor.

Mas no final há a aguardada revelação e todos descobrem que foi Coronel Eugênio (Felipe Camargo) o autor do disparo, na verdade direcionado a Danilo, que acabou morrendo na cadeia condenado pelo crime que o pai da jovem cometeu. O mesmo ocorre com Davi, condenado a 20 anos de prisão.

Romance envolvendo padre

Entre as tramas paralelas de Além da Ilusão está o amor platônico entre uma padre e uma tecelã.

O Padre Tenório (Jayme Matarazzo) chega assume a igrejinha da vila operária. Aos poucos, se envolve com os problemas dos tecelões e lavradores.

Sua preocupação com o bem estar da comunidade o aproxima de Olívia (Letícia Pedro/Débora Ozório). Nasce um amor platônico, que não pode ser vivido, a não ser que Tenório renegue seus votos e abandone a batina.

Um dos casos mais lembrados de romance proibido envolvendo um padre é o da novela de Manoel Carlos, exibida em 2003.

Padre Pedro, vivido pelo ator Nicola Siri, despertou a paixão da socialite Estela (Lavínia Vlasak). A paixão acabou tendo final feliz, com ambos ficando juntos no final da história.

O capítulo onde ambos se entregaram à paixão e transaram rendeu nada menos que 50 pontos de audiência para a produção da Globo, tornando o núcleo um dos mais destacados da atração.

Na coletiva de imprensa de Além da Ilusão, perguntei para os dois atores se eles viram as cenas de Pedro e Estela em Mulheres Apaixonadas.

“Assisti algumas coisas, mas era bem criança. Revi algumas cenas porque o público realmente já tem falado muito disso nas redes. A relação da Olívia com Tenório é de identificação e troca. Diferente de Mulheres Apaixonadas”, explicou a atriz.

“Não sou tão jovem quando a Débora (risos), mas não assisti à essa novela. Só que lembro de algumas coisinhas. Acho que a gente desta vez está contando ao contrário porque são personagens que se identificam na força do coletivo, no pensar parecido. Na admiração que um tem pelo outro. Claro que é um tema que levanta polêmicas, mas antes de falar de amor vamos falar de luta. Lutar por aquilo que a gente acredita. E no meio do caminho eles vão se identificar e lidar com o sentimento que um sente pelo outro. Aguardemos o que virá”, concluiu Jayme.

Autor(a):

Sair da versão mobile