Ter participado de novelas, filmes e peças de teatro não representa tudo na vida de um profissional. Muitos perdem espaço e seguem por outras profissões. Eduardo Tornaghi foi um galã dos anos 1970 e abriu mão da fama. Hoje, ele declama poesia e pede pix aos seus seguidores.
A Moreninha (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), Sinhazinha Flô (1977), Dancin’ Days (1978), Memórias de Amor (1979), Marina (1980), Vereda Tropical (1984), A Gata Comeu (1985), O Salvador da Pátria (1989) e Pátria Minha (1994) foram algumas das produções em que o ator esteve presente.
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Abrindo mão do dinheiro e da fama
Seguidor do “estilo hippie”, ele desistiu de trabalhar na TV e passou a dar aulas de teatro em escolas públicas, acampamentos do Movimento Sem Terra e presídios do Rio de Janeiro, além de organizar textos e poesias em oficinas.
“Eu havia virado um produto, uma pessoa que dá lucro. Acabei preso numa gaiola de ouro porque essa exposição toda dá dinheiro, claro, e isso acaba te botando numa prisão. Porque dinheiro é uma droga. Ele envenena. A gente entra numa prisão. Porque dinheiro é uma droga. Ele envenena. A gente entra num jogo de interesses e pira se não souber lidar. Não era o que eu queria e me afastei. Hoje, não tenho mais aquela grana, mas estou livre”, declarou ao portal NaTelinha em 2015.
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“Sinto que meu tempo na TV passou”
Mesmo renunciando à profissão, ele chegou a fazer pequenas participações em novelas e séries, como Uma Rosa com Amor (2010), Lúcia McCartney (2016) e Rock Story (2016), até o momento, seu último trabalho.
“Sinto que meu tempo na TV passou. Volta e meia, um produtor me chama para algum trabalho. Nunca vinga. Ainda tenho aqueles velhos amigos querendo me ver trabalhando na TV, mas nunca dá certo. Talvez porque sempre tenho mais o que fazer”, completou.
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“Alimente a fonte”
Hoje, com 70 anos, Eduardo mantém um perfil no Instagram desde 2019, em que posta vídeos declamando poesia de sua autoria e de outros autores.
Em uma de seus últimas postagens, o ator deixou o número do pix e pediu contribuições para sua oficina de teatro e poesia. Na legenda, ele escreveu “alimente a fonte”.
