Galã que emendou uma novela na outra entre as décadas de 1980 e 1990, Kadu Moliterno está afastado da TV desde o término de Topíssima (2019), da Record.
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Recentemente, o ator reclamou que foi “barrado” pela Globo quando se ofereceu para a nova versão de Pantanal e afirmou que o público espera por sua volta à telinha.
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A busca por um papel
Kadu atuou em produções de sucesso, como Cabocla (1979, foto), Água Viva (1980), Paraíso (1982), Anos Rebeldes (1992), Sex Appeal (1993) e Memorial de Maria Moura (1994), além do seriado Armação Ilimitada (1985-1988).
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Contudo, em entrevista ao Splash, do portal UOL, em 3 de junho deste ano, ele disse ter sido ignorado pela Globo após se colocar à disposição do remake de Pantanal.
“‘Pantanal’ tinha personagem para mim. Há muito tempo, quando soube que ia rolar, andei ligando para o autor e o diretor para me colocar à disposição. Sinto que eles pegaram o pessoal que já está lá dentro”, analisou.
Quem não é visto, não é lembrado…
Moliterno também relatou o desejo dos fãs de vê-lo de volta à ativa.
“Me perguntam: ‘Por que você não volta?’. E eu digo: ‘Porque não me chamam’. Muitos autores acham que a gente não quer trabalhar”, desabafou. “A própria TV Globo me disse uma vez: ‘Quem não é visto, não é lembrado’”, concluiu.
Aos 70 anos de idade, e com mais de 50 de carreira, o ator aproveitou para fazer um apelo:
“Aproveito a entrevista para lembrar os autores que estou aqui”.
Aposentadoria? Nem pensar!
Kadu Moliterno, na mesma matéria, salientou que a pandemia de Covid-19 afetou a contratação de veteranos. Porém, apesar da pausa imposta pelo combate ao coronavírus, o mercado segue em movimento, como o próprio observou. Plataformas de streaming, por exemplo, não deixaram de trabalhar durante o período; a Globo também adotou medidas para manter as produções, ainda que de forma reduzida.
“O ruim é ficar parado, nem é não ter contrato fixo com a Globo. Parar de atuar depois de 50 anos de carreira é como se aposentar. Parece que a vida acaba”, lamentou.
O novo modelo de contrato da emissora também foi avaliado por Moliterno. Há, segundo ele, predileção pelos nomes com compromisso fixos:
“Vejo novelas no ar com personagens que têm o meu perfil. E vejo atores que estavam na novela anterior e foram puxados para a atual. Eles não chamam ninguém de fora. Claro, há uma crise grande, não só na TV Globo. Então, pensam: ‘Se a gente está pagando alguém aqui na casa, por que vamos chamar o Kadu?’ Por isso, chamam os mesmos atores. Mas o público percebe a repetição”.
Carreira e polêmicas
Kadu Moliterno estreou na TV em uma participação na novela As Pupilas do Senhor Reitor (1970), da Record. Após protagonizar O Príncipe e o Mendigo (1972), na mesma emissora, migrou para a Tupi. O contrato com a Globo se deu em 1978; antes, ele contou com uma breve passagem por Selva de Pedra (1972).
Moliterno acumulou sucessos ao longo dos anos de contrato, como A Sucessora (1978), O Dono do Mundo (1991), Quatro Por Quatro (1994), Anjo Mau (1997) e Beleza Pura (2008). Ele voltou à Record em 2016, atuando na bíblica A Terra Prometida e em Belaventura (2017, foto).
A vida pessoal, nos últimos anos, ficou marcada por denúncias de violência doméstica contra a ex-mulher e uma ex-namorada. Questionada pelo UOL sobre tais episódios, a assessoria do artista respondeu “que realmente nada mais deste assunto será abordado da parte de Kadu”.