Afastada há anos, atriz quer voltar à TV: “Nunca abandonei a carreira”

Daniela Escobar e Natália do Vale

Ela andou sumida, mas a saudade a trouxe de volta. Após passar 17 anos vivendo nos EUA, Daniela Escobar (na foto abaixo, ao lado de Natália do Vale) retornou ao Brasil no ano passado e, como boa artista, se sente pronta para retomar a sua carreira em seu país natal.

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Além do desejo de voltar a atuar, a vontade de estar perto da família a chamou ao seu país de origem. E Daniela retornou com novidades, já que, durante o tempo em que esteve fora, a atriz se dedicou a cursos de medicina preventiva.

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Novidades

Em entrevista ao jornal O Globo, a intérprete de Maísa em O Clone (2001) contou um pouco sobre as formas que encontrou para desempenhar a sua função de atriz no exterior, sua nova carreira na área da saúde e, claro, sobre o seu retorno ao Brasil.

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“Vontade de estar perto de pessoas que talvez não fiquem entre nós por muito mais tempo. Tem ciclos que a gente precisa viver e que depois a gente encerra. A saudade foi maior, estou no momento de estar perto dos meus”, confessou Daniela, referindo-se à sua mãe, diagnosticada com câncer e que, recentemente, se submeteu a um tratamento contra a doença.

A doença da mãe, somado a um diagnóstico errado de câncer no intestino que ela mesma recebeu, a levou a se interessar pela área da saúde.

“Eu tinha uma necessidade muito grande de aprender coisas diferentes, de estudar da fonte. Fiquei com uma sensação de que não tinha muito o que dar para as pessoas, para além do meu trabalho como atriz, fora das telinhas e das personagens. Achava que não poderia contribuir muito, social e politicamente falando. Me achava muito imatura”, explicou.

Medicina

Foi assim que nasceu nela a vontade de descobrir mais sobre o próprio corpo. Assim, Daniela passou a fazer cursos de medicina preventiva, sendo dois deles na Universidade de Harvard. Ela ainda deseja emendar com uma faculdade de nutrição.

“Tudo partiu de necessidades físicas minhas. A minha curiosidade é pela causa de todas as coisas. Essa é a medicina que estuda a saúde, e não a doença, como as outras medicinas. Isso me encantou. Comecei a fazer cursos disso e me acendeu uma coisa diferente. Nunca tinha encontrado nenhuma outra profissão nem hobby que me dessem o mesmo prazer que eu tenho quando estou atuando”, contou.

Mas, paralelamente aos cursos, ela encontrou um jeitinho brasileiro de continuar exercendo sua arte no exterior. Ela atuou como dubladora em diversas novelas e trabalhou em alguns filmes.

“Nunca abandonei minha carreira de jeito nenhum. Foi só uma questão geográfica. Eu sentia falta, mas estava tão envolvida com tudo o que eu estava vivendo e aprendendo que não tinha muito tempo para isso”, esclareceu.

Volta às novelas

Agora, de volta e pronta para reingressar no mercado brasileiro, a atriz contou que não tem medo do etarismo e está disposta a enfrentar os preconceitos da idade para retornar às novelas.

“Hoje eu vejo que posso estar aqui e retomar a minha carreira de atriz sem o menor problema. Estou muito satisfeita com o meu corpo, com minha pele. Não tenho nada de plástica. Mas é uma coisa minha, não tenho nenhum tipo de preconceito. Estou me colocando de novo no mercado de trabalho, sem vergonha, e tenho consciência disso tudo”, contou.

“Sei que isso [o etarismo] é muito forte no Brasil, principalmente na área dos atores. Acho importante mostrar para as pessoas que o mundo não acaba aos 50 anos”, seguiu.

“Está na hora de o mundo valorizar a experiência, e não descartá-la. Se eu for me preocupar com o etarismo, vou ficar em casa fazendo tricô e cuidando dos netos. Vou cuidar muito bem quando eles vierem, mas, enquanto eu tiver sonhos, desejos e projetos, eu vou realizá-los. Então não tenho medo, não. Isso não me para”, finalizou.

Lá e cá

Mesmo tendo vivido 17 anos nos Estados Unidos, Daniela Escobar nunca chegou a abandonar de vez o mercado brasileiro. Sempre que possível, a atriz voltava ao Brasil para trabalhos esporádicos.

Foi assim que ela atuou em A Vida da Gente (2011) e Flor do Caribe (2013), na Globo; A Garota da Moto (2016), no SBT; e Apocalipse (2018), na Record.

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