Filha de imigrantes daneses (grupo étnico germânico da Dinamarca), a atriz Kate Hansen nasceu em São Paulo, em 13 de agosto de 1952.

Kate Hansen

Por causa de sua beleza germânica, Kate foi considerada musa do cinema nacional, tendo atuado em inúmeras produções do gênero, principalmente da Boca do Lixo, em que trabalhou com diretores como Walter Hugo Khouri, Jean Garret, Fauzi Manzur, Reginaldo Faria e Alfredo Sternheim.

Muitas dessas produções foram campeãs de bilheteria como: As Deusas (1972), Os Machões (1972), O Desejo (1975), A Noite das Fêmeas (1976), Excitação (1976), Aleluia Gretchen (1978), Eros, o Deus do Amor (1981).

Destaque em novelas

Kate Hansen

Na televisão, a atriz estreou em telenovelas em 1969, em Super Plá, escrita por Bráulio Pedroso, na Rede Tupi, e, desde então, não parou mais. Ainda neste canal, esteve em As Bruxas e Simplesmente Maria, ambas em 1970. Fez O Leopardo (1972), na Rede Record, e retornou para a Tupi, onde trabalhou nos maiores êxitos da emissora: Hospital (1974), A Barba Azul (1975), Ovelha Negra (1975), A Viagem (1975), Os Apóstolos de Judas (1976), Cinderela 77 (1977), Roda de Fogo (1978) e, em 1979, atuou na novela O Todo Poderoso, na Rede Bandeirantes.

A partir da década de 1980, Kate Hansen passou por diversas emissoras, e continuou esbanjando talento e carisma em todos os papéis que interpretou.

Na TV Cultura, por exemplo, participou das obras O Vento do Mar Aberto (1981), Maria Stuart (1982), Casa de Pensão (1982) e Paiol Velho (1982).

Kate Hansen

No SBT, esteve em duas novelas, Razão de Viver (1983) e Cortina de Vidro (1989). Já na Globo, fez participações em Transas e Caretas (1984), Fera Radical (1988) e na minissérie O Portador (1991), até o momento sua última aparição na telinha.

No teatro, a artista coleciona um grande número de espetáculos, com destaque para Caixa de Sombras (1978), Sinal de Vida (1979), Swing: a Troca de Casais (1980), Sua Excelência, o Candidato (1994), entre outros.

Luta contra o câncer

Kate Hansen

Em setembro de 2020, Kate descobriu um câncer e, desde então, passou por sessões de quimioterapia e radioterapia.

À revista Istoé, em abril de 2021, Kate contou como conviveu e enfrentou a doença:

“Nunca fiquei doente em toda a minha vida, a não ser coisas mais simples. Está sendo o maior desafio ver a cara da morte com coragem, fé e confiança. Isso não é uma condenação, é uma batalha para que a vida vença. A medicina e a ciência estão muito avançadas, acredito que sairemos vitoriosos”, enfatizou.

Ela também manifestando sua gratidão ao SUS (Sistema Único de Saúde), onde foi operada:

“É um bem precioso, vamos cuidar dele. E o meu trabalho é uma vocação, paixão. A arte salva, como os amigos, o trabalho, a natureza, o otimismo e a esperança, essa estranha mania de ter fé na vida”.

Ainda em 2021, após um período afastada dos palcos devido à pandemia da Covid-19 e também por conta do seu tratamento contra a doença, a profissional voltou à ativa com o espetáculo Clarice e os Corações Selvagens, encenado via online.

A peça narra a história de Clarice, uma mulher que fica impactada com a morte de um jovem negro pela polícia. A obra foi desenvolvida a partir do caso real do assassinato do musico carioca Evaldo dos Santos Rosa, vítima de oitenta tiros disparados pela polícia militar no Rio de Janeiro, em 2019.

Atualmente com 69 anos, Kate Hansen é viúva do geólogo Nilson Pinto Teixeira. Ela também foi casada com o ator Ricardo Petraglia, de 1976 a 1978, com quem teve um filho, o ator Lucas Petraglia.

Em março deste ano, a atriz veio publicamente por meio de suas redes sociais agradecer por estar curada do câncer.

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Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor