Uma bomba caiu nesta quinta-feira (8) sobre a Simba Content. Uma notícia do site Teletime dizia que a joint-venture – formada por RecordTV, SBT e RedeTV! – negociou apoio ao Governo para que ele pressionasse a Anatel para punir as operadoras de TVs pagas.

Como muitos já informaram, inclusive o TV História, a Simba ainda está em pé de guerra para receber um valor pelo seu sinal digital. Já chegaram a R$ 2,50 por assinante e, agora, a conversa é na casa dos R$ 1,50, quantia que deve abaixar mais depois dessa bomba.

O fato é que tudo que a Simba fez até agora foi de forma errada e precipitada. Primeiro, e mais claro, é que ainda é justo elas quererem receber um valor, já que tanto Globo, quanto Band, também recebem.

Mas, vendo todo o universo, o “porém” é que as três emissoras sempre trataram a TV paga com descaso e não com investimento, com “carinho”, vamos dizer assim. TV por assinatura é extremamente agressiva e forte.

Está aí Turner e Fox para dizerem isso, vide as dificuldades recentes que elas tiveram, uma para renovar contrato, outra para incluir uma emissora – no caso, o Esporte Interativo. Não é pressionando e partindo para politicagem que vai fazer funcionar.

Mais do que fazer dar certo, a Simba precisa hoje de apoio do público, que ao bem da verdade, não está nem aí para a saída das emissoras abertas. Mas nem aí mesmo. O que eu ouvi de gente que nem sabia da saída dos três canais não está no gibi.

Por mais pressão que se tenha, a Simba precisa mostrar um projeto embasado e viável, o que notoriamente não está acontecendo. O grande problema é a falta de estratégia e foco na hora de negociar, vide as mudanças de direção nas frentes de negociações.

Hoje, a Simba Content parece um reflexo das três emissoras historicamente: um pouco perdidas, mudando de projeto por conquistas a curto prazo e sem um foco no que deseja.

Atualmente, temos um Governo que não tem apoio popular, e o jogo de interesses não é bem visto por ninguém, por mais que exista, e muito. Se a Simba quiser virar o jogo, precisa urgente de uma estratégia decente. Não é erro após erro que vai ajeitar a situação.


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