Algumas novelas sofreram com tragédias na vida real. Especialmente, aquelas em que protagonistas morreram durante a produção, alterando todo o plano da ficção.
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Um grande sucesso da TV Tupi passou por esse drama com a perda de uma jovem figura: o ator Zanoni Ferrite.
Em alta
Zanoni começou sua carreira no teatro, no final da década de 1950, participando de várias peças. Sua estreia na televisão foi em 1971, quando atuou na novela Pingo de Gente, da TV Record.
Essa foi a porta de entrada para a fama… O ator começava a despontar também no cinema, atuando em vários longas.
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Ferrite se dividiu entre Tupi e Globo, fazendo parte de várias produções, como Tempo de Viver (1972), Escalada (1975), Pecado Capital (1975), Anjo Mau (1976), Estúpido Cupido (1976), O Julgamento (1976), Um Sol Maior (1977) e O Profeta (1977).
Acidente
Em 1978, a Tupi preparava o remake de um grande sucesso da teledramaturgia: O Direito de Nascer, exibida originalmente na década de 1960, estava de volta ao horário nobre.
Zanoni Ferrite, que adquiria status de estrela da emissora, foi escalado para dar vida a um personagem importantíssimo, Dom Jorge Luís – defendido por José Parisi em 1964. O ator já tinha gravado cenas quando a tragédia ocorreu.
No dia 12 de julho de 1978, Zanoni sofreu um grave acidente de carro na zona leste de São Paulo. Socorrido, ele chegou ao hospital em estado de coma. Ferrite ficou 13 dias internado no Hospital Municipal do Tatuapé.
No dia 25 de julho, ele faleceu, vítima de traumatismo craniano, aos 33 anos.
A partida de Zanoni Ferrite
A estreia da segunda versão de O Direito de Nascer estava programada para 31 de julho, uma semana após a morte de Zanoni Ferrite. A Tupi correu contra o tempo para regravar as cenas que o ator tinha realizado. Em seu lugar, foi escalado Adriano Reys; na regravação do SBT, de 2001, João Vitti respondeu pelo papel.
Zanoni, que se foi de forma prematura, deixou duas filhas, frutos de seus dois casamentos. Em uma entrevista ao Jornal do Brasil, na década de 1970, ele falou sobre o ofício do ator e a fama:
“Na TV, não há preocupação com um método para formar atores. É aquela história, a menina fotografa bem, o cara tem jeito de surfista, essas coisas, e eles logo viram atores, mas nunca souberam o que é interpretar. Depois, são transformados em ídolos”.