Abandonado, ator que foi aluno da Escolinha virou morador de rua

Em 2016, o Brasil acompanhou o triste fim de César Macedo, humorista que interpretou o personagem Seu Eugênio em diversos programas do gênero da televisão brasileira, como a Escolinha do Professor Raimundo, comandada pelo mestre Chico Anysio (foto abaixo).

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Nascido em Luz (MG) em 1935, Macedo atuou em atrações como Sítio do Picapau Amarelo e em pornochanchadas. Mais tarde, após alguns anos de ostracismo, tornou-se nacionalmente conhecido ao viver o tipo baseado em Albert Einstein na Escolinha do Professor Raimundo, da Globo, na década de 1990.

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Depois de ser dispensado pela Globo, encontrou espaço em atrações como Escolinha do Barulho, da Record, Uma Escolinha Muito Louca, da Band, e Escolinha do Gugu, novamente no canal de Edir Macedo.

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Em seus últimos anos de vida, no entanto, o artista conviveu com desgostos e problemas de saúde.

Em 2012, sofreu um acidente na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, quando perdeu sua esposa, Adriana. A partir daí, reclamou de ter sido abandonado pelos filhos e passar por diversos problemas financeiros, chegando a viver nas ruas, dormindo em cima de um papelão.

Ajuda de Gugu

Ele acabou ganhando uma reforma completa em sua casa, bancada pelo apresentador Gugu Liberato, mas, com depressão, perdeu a alegria de viver. Nos últimos tempos de vida, Macedo vivia em meio à sujeira, com o imóvel completamente abandonado.

Em setembro de 2015, Macedo foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer; em abril do ano seguinte, foi internado no Hospital de Mairiporã, onde morava, após fraturar o fêmur em um acidente em sua casa. Ele também enfrentava problemas renais.

Abandono e morte

Após passar por uma cirurgia, que lhe causou infecção hospital e pneumonia, o humorista recebeu alta, mas foi internado novamente no mesmo mês, no Hospital Estadual de Franco da Rocha, onde morreu em 30 de abril de 2016, aos 81 anos.

“Nos últimos quatro, cinco dias, ele até estava lúcido, mas depois o corpo dele foi tomado pela infecção”, contou o filho Renato ao R7. “Foi bastante traumático este momento. Ele já estava debilitado há algum tempo e agora não aguentou”, completou.

Posteriormente, em entrevista ao programa Câmera Record, Renato contou que o pai morreu frustrado por não conseguir mais trabalhar.

“Ele reclamava de não ter mais espaço para trabalhar na TV. Nos últimos tempos de vida não foi possibilitado isso a ele, ficou frustrado, porque ficava só em casa. Meu pai era uma pessoa muito honesta, tanto que morreu pobre, ganhando mil reais por mês. Não passava de mil por mês”, explicou.

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