Promessa da Globo viveu drama que comoveu o Brasil: “Não lembro de nada”
08/04/2022 às 18h05

Muitas modelos de sucesso internacional saíram das passarelas para a TV. Cláudia Liz seguiu esse caminho, estreando como atriz em 1995, na novela Cara e Coroa.
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Antes de atuar, ela desfilou nas passarelas de Paris, Milão, Nova Iorque, Madri e Tóquio, representando grifes internacionais como Chanel, Comme des Garcons, Ferré, entre outras.
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Depois de interpretar Debbie na novela da Globo, ela se mudou para o SBT em 1996 e atuou na produção Razão de Viver, ao lado de grandes nomes, como Irene Ravache, Gianfrancesco Guarnieri, Adriana Esteves, Joana Fomm, entre outros.
Entre a vida e a morte
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Porém, Cláudia virou notícia não por sua atuação na trama de Regina Braga, mas sim por ter ficado entre a vida e a morte.
Em outubro de 1996, a atriz foi internada às pressas em estado de coma no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória quando foi submetida a uma lipoaspiração.
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O que ocorreu foi um choque anafilático durante o procedimento estético. A modelo teria desenvolvido um quadro de alergia enquanto estava sedada, que acabou evoluindo para um broncoespasmo.
O fato parou o Brasil e acabou criando um debate sobre os perigos das cirurgias plásticas. Cláudia, que continuou trabalhando como modelo, já tinha feito outras operações estéticas, sem enfrentar qualquer tipo de problema.
Enquanto a modelo lutava pela vida na UTI, uma investigação começava a ser feita para saber quem tinha sido o responsável pelo fato.
A Clínica Santé, que faria a cirurgia na atriz, afirmou que fez tudo certo, dando total suporte à paciente e avisando aos familiares de tudo que ocorrera.
Recuperação
Cláudia ainda ficou internada em estado de coma por quatro dias. No quinto dia, a sedação foi retirada e ela não sofreu nenhum tipo de sequela. Após oito dias no hospital, ela fez uma declaração à imprensa sobre o fato e o seu estado de saúde:
“Eu estou tomando consciência das coisas só agora. Não sei o que se passou ou não. Para mim, acordei e estava tudo bem. Eu não sei onde eu estava antes. Agora é que eu estou montando as historinhas. Existe um tempo quando eu mudei de casa, o tempo em que eu estava na clínica, que eu não me lembro, e o tempo durante o hospital. Depois, só me lembro quando eu acordei na UTI”, contou a modelo em texto publicado pela Folha de S. Paulo.
Ao ser questionada se havia algum tipo de mágoa com a clínica, ela disse que não poderia dizer nada a respeito:
“Não posso dizer nada daquilo porque não me lembro de nada. Eu não sei o que aconteceu. Também não quero tocar no assunto”.
Por onde anda
O fato foi investigado tanto pela Polícia quanto pelo CRM (Conselho Regional de Medicina). Em fevereiro de 1997, o caso foi arquivado pela Justiça.
“Nos termos do pronunciamento do Ministério Público, que acolho e adoto como razão de decidir, determino o arquivamento destes autos, sem prejuízo de novas diligências”, declarou o juiz Galvão Bruno.
O CRM sugeriu o arquivamento, pois não havia indícios de um erro médico nem mau atendimento.
Após a sua recuperação, ela trabalhou em Serras Azuis (1998), Pecado Capital (1998), Uga Uga (2000) e Roda da Vida (2001).
Longe da TV, tornou-se artista visual, fazendo inúmeros trabalhos para jornais, revistas e eventos do mundo fashion.
Cláudia Liz nunca mais falou a respeito do problema de saúde que enfrentou em 1996.