Estrela de Pantanal teve carreira inconstante: “Passei a vida me boicotando”
04/05/2022 às 18h00
Atualmente com 55 anos, Ingra Lyberato nasceu em Salvador, numa família de cineastas, sendo seu pai, Chico Liberato e sua mãe, Alba Liberato. Desde criança já atuava.
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Seu primeiro trabalho foi num curta-metragem dirigido e roteirizado por seus pais.
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Carreira
Com um longo currículo, iniciou na TV com algumas participações em sucessos como Tieta e Top Model, ambas em 1989.
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Logo se destacou em produções na extinta TV Manchete, onde interpretou Madeleine, na primeira fase de Pantanal (1990). A trama lhe abriu as portas da fama, pois até hoje a atriz é lembrada por seu papel. Ela fazia par romântico com Paulo Gorgulho.
Foi na ocasião que Ingra – que namorava Nuno Leal Maia, até então – se apaixonou por Jayme Monjardim, com quem ficou casada por seis anos.
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Também em 1990, graças a sua Madeleine, a atriz foi a protagonista homônima, em A História de Ana Raio e Zé Trovão, contracenando com Almir Sater.
Na sequência, voltou para a Rede Globo, onde atuou em Quatro por Quatro (1994), A Indomada (1997) e Louca Paixão.
Em 2001, foi Amina, em O Clone, sucesso da emissora novamente em cartaz no Vale a Pena Ver de Novo.
Amina, irmã mais velha de Ranya (Nívea Stelmann), foi cogitada como segunda esposa de Mohamed (Antônio Caloni).
Embora Tio Abdul (Sebastião Vasconcelos) tenha negociado a união, a mesma não acontece, pois Latiffa (Letícia Sabatella) dá um jeito de atrapalhar os planos do marido. Aliás, a “gazela”, como Latiffa é chamada por Mohamed, não dáuma brecha para a concorrência.
Ainda na emissora, atuou, anos mais tarde, em A Vida da Gente (2012) e Segundo Sol (2018).
Na Record, esteve em Essas Mulheres (2005), Os Mutantes (2008), Balacobaco (2012) e, mais recentemente, Gênesis (2021).
Muito ativa no cinema, em 2007 foi ganhadora do prêmio Kikito de melhor atriz por Valsa para Bruno Stein.
Por onde anda Ingra Lyberato?
Ingra reside em Porto Alegre (RS) desde 2002 e é mãe de Guilherme (17), de seu relacionamento com Duca Leindecker, com quem foi casada até 2012.
Em 2016, lançou o livro “O Medo do Sucesso” (L&PM), no qual relata o problema que a afastou da telinha por vários anos.
“Eu tinha medo da exposição, e o livro foi um passo na cura. Arranquei máscaras e falei tudo sobre as mentiras que contava para tentar esconder minhas imperfeições. A gente é encorajado a ser sempre perfeito sempre, né? O livro mostra os bastidores da vida artística pelo viés de como a gente pode se desconectar da verdade e viver num mundo de ilusão e fantasia”, contou, ao UOL, no ano passado.
“Estava sendo colocada num pedestal e seria complicado cair. Passei a ter medo de errar, arriscar, me reinventar. Em ‘Ana Raio e Zé Trovão’ estava sendo muito venerada. Naquele momento, senti medo do sucesso e pensei: ‘Não vou dar conta'”, continuou.
“Fui pesquisar dentro de mim sobre o que me movia a abandonar tudo toda vez que estava em evidência. Passei grande parte da vida me boicotando”, concluiu.
Em 2020, veio sua segunda obra, “A Natureza Oculta Iluminada”.
Desde 2015, Ingra assina seu Lyberato com a letra “y”, por conta da numerologia.
Há nove anos, se aproximou do xamanismo. Ela também é vegetariana e ativista da preservação ambiental.