Rainha do café na próxima novela das 18h, Gabriela Duarte quase dividiu imperatriz com a mãe, Regina Duarte, em minissérie

27/12/2017 às 11h00

Por: Duh Secco
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Ausente do vídeo desde uma participação nos quatro primeiros capítulos de A Lei do Amor (2016) – e sem atuar em uma novela, do início ao fim, desde Passione (2010) – Gabriela Duarte, enfim, agendou seu retorno: a atriz interpretará a antagonista de Orgulho e Paixão, próximo folhetim das 18h. Julieta, a personagem em questão, é uma mulher intransigente, forçada a casar com o homem que a violentou. O marido falece, deixando-a cheia de dívidas, vulnerável diante da falsa amiga Susana (Alessandra Negrini). Contudo, mesmo pobre, Julieta continua ostentando o título de “rainha do café”.

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Desta forma, Gabriela poderá viver um tipo similar ao que quase deu vida em 2004, tempo em que não era rainha, mas imperatriz do café. Explica-se: após dividir o set com sua mãe, Regina Duarte, em Por Amor (1997) e compartilhar a mesma personagem, Chiquinha Gonzaga, na minissérie homônima (1999), Regina e Gabriela se envolveram em um novo projeto em parceria.

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Foi a eterna “namoradinha do Brasil” quem levou à direção da Globo a minissérie A Imperatriz do Café, uma adaptação do livro O Lírio e a Quimera, do escritor francês Romaric Büel. Lauro César Muniz, também autor de Chiquinha Gonzaga, responderia pelo texto; Denise Saraceni, pela direção geral. Gabriela e Regina, claro, dividiriam a personagem-título.

A tal imperatriz era uma nobre francesa, Mademoiselle de Miry, que, aos 17 anos, apaixona-se por um fazendeiro brasileiro que está em Paris (justamente no período da queda da monarquia) para fazer negócios. Tempos depois, a mocinha perde os pais e o tio, seu tutor. Ela então empreende uma viagem ao Brasil, onde, recebida por D. Pedro II, debuta nas altas rodas, conquistando respeito, mesmo “distante” e solitária.

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A emissora já cogitava gravar boa parte da produção em Vassouras, interior do Rio de Janeiro, onde fazendas de café do período retratado ainda conservavam a arquitetura original. A França, claro, também serviria de cenário. Foi isto que inviabilizou a produção em 2004 – somado ao fato de Denise Saraceni estar então comprometida com a próxima novela das 19h, Da Cor do Pecado.

O país europeu preparava uma série de homenagens para o Brasil em 2005 – a exemplo do que havia feito, em anos anteriores, com o Japão e a Polônia, por exemplo. A Globo esperava, em razão deste evento, conseguir apoio ou parceria para a produção de A Imperatriz do Café. Não rolou. Além disso, havia uma disputa interna pela vaga reservada às minisséries na grade de janeiro a abril.

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Maria Adelaide Amaral também havia proposto uma adaptação para faixa e período: O Capitão Mouro, do livro A incrível e fascinante história do Capitão Mouro, de Georges Bourdoukan. Tanto Adelaide, quanto Lauro César – que escrevia em parceria com Rosane Lima – viram suas sinopses engavetadas. O alto custo e o desejo de reverenciar São Paulo pelos seus 450 anos levaram a Globo a desistir das duas produções.

Enquanto Maria Adelaide, em parceria com Alcides Nogueira, escrevia Um Só Coração (2004), Lauro César afivelava as malas rumo à Record TV, onde estreou em 2006, com Cidadão Brasileiro. No ano anterior, Gabriela Duarte foi escalada para América, trama de Glória Perez para a faixa das 21h. Já no mesmo 2006, Regina Duarte viveu sua terceira Helena de Manoel Carlos, em Páginas da Vida, também às 21h.

E não se teve mais notícias de A Imperatriz do Café. A Rainha, contudo, é coisa certa. E chega logo à telinha.


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