O Casseta e Planeta, Urgente! foi um grande sucesso nas décadas de 1990 e 2000. Com humor ácido e que não poupava ninguém, o programa era um verdadeiro campeão de audiência das noites de terça da Globo.

Um dos pontos altos do programa eram as paródias de novelas da emissora carioca. Abusando do duplo sentido e de piadas que misturavam a história da trama com os acontecimentos do país, o público se divertia das brincadeiras que a turma do Casseta aprontava.

Listamos 10 novelas que sofreram na mão do Casseta e Planeta.

Confira:

Esculachos de Família

Quem assistia ao Casseta e Planeta em 2000 se divertia com Esculachos de Família, paródia de Laços de Família, grande sucesso de Manoel Carlos. O público se divertia com Bussunda interpretando Helena, personagem de Vera Fischer. Quando Helena beijava Miguel, personagem de Tony Ramos na trama, tinha o auxílio da empregada, que passava o aspirador de pó para tirar os pelos do personagem.

Chocolate Cumprimenta

Hélio de la Peña, vestido a caráter como se estivesse nos anos 1930, andando por uma praça e cumprimentado as pessoas e dizendo “muito prazer, Chocolate”. Essa era a sátira da novela Chocolate com Pimenta. A esquete faz sucesso até hoje e sempre viraliza nas redes sociais.

Renascer

A novela de Benedito Ruy Barbosa, que estreou no Globoplay recentemente, também foi “homenageada” pela turma do Casseta. O ponto alto do quadro era uma imitação de Ivan Lins, que interpretava o tema de abertura da novela. Ao cantar “Nada cai do céu, nem cairá”, caíam um cofre, um peixe, um piano, entre outras coisas na cabeça do pobre músico.

O Rei do Galho

A briga entre os Mezenga e Berdinazzi em O Rei do Gado foi suavizada no Casseta e Planeta, quando os personagens decidiram mudar o sotaque italiano para o baiano. Para a mudança de fase da novela, “Fernando Vanucci Berdinazzi” anuncia que todos foram desclassificados, sendo apenas Antônio Fagundes eleito para a nova época da produção.

Sem Hora pro Intestino

Senhora do Destino foi um grande sucesso da Globo no horário das 20 horas. A criatividade da turma do Casseta começou na abertura do Sem Hora pro Intestino. A música de Maria Rita foi adaptada de forma hilária: “as fotos coloridas são de atores da Globo, e as preto e branco devem ser de figurantes”.

Enfarta Coração

As novelas de Glória Perez também sofreram nas mãos dos cassetas. Enfarta Coração, paródia de Explode Coração, brincava com a dança dos ciganos, que ficavam dançando sem parar nas cenas. Cigano Igor, interpretado por Bussunda, era sempre sacaneado. Olhando para a câmera, ficava apenas balbuciando, perdido em cena.

O Siliclone

O Clone não poderia ficar de fora. O Siclione brincava com os personagens de Murilo Benício, Lucas e Léo, como os cornos de Jadeu. Com certeza esse tipo de quadro não iria ao ar hoje em dia.

Torre de Papel

A turma do Casseta sempre pegava um personagem para zombar, e com Torre de Babel não foi diferente. Em Torre de Papel, Jamanta sempre sofria e apanhava, mas voltava gritando “Jamanta não morreu”.

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Baleíssima

Belíssima, novela de Silvio de Abreu que abordava o mundo da moda e da beleza, foi um prato cheio para os cassetas. A abertura da novela, que exibia modelos em uma vitrine, deu base para que Bussunda, em “poses sensuais”, mostrasse sua “beleza” com a música “você é horrenda e gorda demais, comeu muito pudim e depois leitão, risoto e uns vinte quindins”. Outro quadro que dificilmente seria exibido atualmente.

Com a Minha nas Índias

Em 2010, o Casseta e Planeta já enfrentava uma baixa audiência e entrava em seu último ano no ar. Nessa época, Caminho das Índias estava no ar e foi imitada pelo programa. Com a Minha nas Índias fez o público rir com a paródia do tema de abertura: “Quê que esse hindu tá cantando aí? Sei lá, eu também não entendi!”.

A lista teve apenas 10 exemplos, mas inúmeras paródias foram feitas: Porco com Vinagres (Porto dos Milagres, 2001), Semelhança (Esperança, 2002), Mulheres Recauchutadas (Mulheres Apaixonadas, 2003), Famosidade (Celebridade, 2004), A Merreca (América, 2005), Paraíso do Bilau (Paraíso Tropical, 2007) e Suas Taras (Duas Caras, 2007), entre outras.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor