A força das atrizes coadjuvantes nas novelas globais em 2017

22/07/2017 às 10h00

Por: Thallys Bruno
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Elas não vivem os principais papeis das novelas em que atuam, porém, o talento de suas intérpretes faz com que os tipos ganhem força e popularidade. Em um ano repleto de grandes atuações, vale destacar a força das personagens e atrizes coadjuvantes, muitas vezes responsáveis por viradas importantes nos seus enredos ou nos dos/as protagonistas e, em alguns momentos, até ofuscando perfis centrais.

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Em Novo Mundo, atual novela global das 18h, os maiores exemplos são: Vivianne Pasmanter, Ingrid Guimarães, Sheron Menezzes e Vanessa Gerbelli. A primeira, que brilhou em Totalmente Demais (2015-16) após anos sendo mal-aproveitada, destaca-se novamente como a interesseira Germana, dona de uma estalagem e que faz de tudo para ter dinheiro fácil, ao lado do marido Licurgo (Guilherme Piva). Além de divertir, sua caracterização impressiona pela aparência suja e malcuidada.

Ingrid Guimarães vive seu auge como a trambiqueira Elvira, que foi aliada do vilão Thomas (Gabriel Braga Nunes) e casada com Joaquim (Chay Suede) após uma armação. A golpista diverte com seus golpes fracassados, tem momentos de humanidade com seu “filho” Quinzinho (Theo de Almeida Lopes) e voltou à cena após uma falsa morte, plano do oficial inglês para incriminar o mocinho.

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Sheron, por sua vez, está igualmente ótima com a história de Diara, uma escrava que se encanta por Wolfgang (Jonas Bloch) e luta contra as injustiças cometidas contra os negros, anos antes de se falar na libertação dos escravos.

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Vanessa, nos últimos meses, ganhou um merecido espaço e emociona com o drama de Amália, uma mulher misteriosa cujo filho foi roubado por Sebastião (Roberto Cordovani), o mais rico senhor de escravos da região.

Na novela das 21h, A Força do Querer, Maria Fernanda Cândido, uma figura bissexta na televisão nos últimos anos, retornou às novelas com um de seus melhores papeis: a dondoca Joyce, uma mulher fútil que vê sua família perfeita desmoronar com o envolvimento do filho Ruy (Fiuk) com a sereia Ritinha (Isis Valverde) e ao se descobrir traída pelo marido Eugênio (Dan Stulbach), que se envolve com a golpista Irene (Débora Falabella). A atriz brilhou em cenas exibidas nesta semana e demonstrou perfeitamente a mágoa e a revolta de sua personagem.

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Elizângela, que fez uma passagem pela RecordTV no ano passado, é outro grande destaque do elenco coadjuvante. Sua personagem Aurora, mãe de Bibi (Juliana Paes), funciona como uma porta-voz do público ao condenar a conduta ilícita da filha, que enveredou pelo caminho do crime após se envolver com o malandro Rubinho (Emílio Dantas). As discussões entre mãe e filha valorizam o talento da intérprete e a força da humilde Aurora facilita a identificação com o público.

Na mesma novela, ainda brilham nomes como Zezé Polessa, Gisele Fróes e Luci Pereira (que integram o divertido núcleo de Niteroi), Karla Karenina e Cláudia Mello (que interpretam as empregadas de Silvana e Joyce, respectivamente) e a já citada Débora Falabella.

Na história das 19h, Pega Pega, as que mais se sobressaem são Mariana Santos e Nanda Costa. Mariana está ótima ao sair de sua zona de conforto e brilha como Maria Pia, secretária de Eric (Mateus Solano). Nanda, como a ambiciosa e sensual Sandra Helena, diverte com a boa sintonia de sua personagem com Agnaldo (João Baldasserini) – os dois são funcionários do hotel e estão envolvidos no assalto milionário.

Apenas Os Dias Eram Assim, a das 23h, não favorece o talento de suas coadjuvantes. Os casos mais evidentes são os de Mariana Lima (a professora Natália) e Letícia Spiller (a ex-miss Monique, que abandona a família e retorna anos depois); inseridas em contextos que não valorizam suas competências. Natália do Vale, Cássia Kiss e Susana Vieira, cujas personagens Kiki, Vera e Cora estão inseridas no núcleo central, têm um pouco mais de espaço, mas muito aquém do que merecem.

Apesar desta ressalva, é de se chamar atenção o bom momento que as atuações femininas vivem neste ano. Temos excelentes protagonistas, em sua maioria, mas os perfis coadjuvantes também merecem o reconhecimento pela força que suas intérpretes impõem a eles. Com tantas atrizes brilhando, o páreo vai ser duro nas premiações de televisão.


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