Com novelas infantis, SBT investe em talentos promissores
01/11/2017 às 10h00
Atualmente, o SBT é a única emissora entre as grandes TVs abertas que ainda faz investimentos consideráveis em programação para as crianças, seja com o longevo Bom Dia e Cia. ou com suas novelas infanto-juvenis. Desde 2012, com a versão brasileira de Carrossel – sucesso da Televisa exibido no início dos anos 90 -, a emissora de Sílvio Santos aposta em adaptações de histórias latinas, funcionando como alternativa aos enredos bíblicos da RecordTV e à cobertura factual do Jornal Nacional.
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Isto, porém, não chega a ser algo novo. Em 1997, quando produziu a clássica versão de Chiquititas em parceria com a rede argentina Telefe, vários nomes lançados por lá seguiram carreiras de sucesso.
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Entre os casos mais evidentes, estão as atrizes: Fernanda Souza (a Mili) – que faria várias novelas de sucesso na Globo e, recentemente, enveredou-se pela apresentação, através do Vai, Fernandinha (Multishow); Carla Diaz (Maria), que faria sucesso em O Clone, teve passagens pela Record e voltou à emissora carioca como a interesseira Carine em A Força do Querer; e Débora Falabella (Estrela) – atualmente uma das atrizes mais requisitadas de sua geração.
No entanto, Chiquititas foi um caso isolado – à época, o SBT investia mais em dramaturgia adulta, através de obras como As Pupilas do Senhor Reitor (de Lauro César Muniz), Éramos Seis (de Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho), Fascinação (de Walcyr Carrasco), Sangue do Meu Sangue (de Vicente Sesso) e Os Ossos do Barão (de Walter George Durst); das quais também vieram grandes talentos como Mariana Ximenes, Regiane Alves e Caio Blat.
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O segmento infantojuvenil era preenchido por histórias latinas como O Diário de Daniela, Carinha de Anjo, Viva as Crianças (um remake mexicano de Carrossel), Cúmplices de Um Resgate e, atendendo a um público mais adolescente, Rebelde.
Desde que voltou a apostar nas produções próprias para as crianças, o SBT continuou lançando bons valores. Na versão brasileira de Carrossel (2012-13), um dos maiores destaques foi Larissa Manoela. A intérprete da vilãzinha Maria Joaquina (vivida no original por Ludwika Paleta) não demorou a chamar atenção por seu ótimo desempenho na pele da preconceituosa garota da Escola Mundial e logo engrenou uma carreira de sucesso na emissora – sendo mais tarde protagonista de Cúmplices de Um Resgate (2015-16), na qual viveu as gêmeas Manuela e Isabela.
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Na última versão de Chiquititas (2013-15), totalmente gravada no Brasil, a aposta da vez foi Giovanna Grigio. Coube a ela viver a nova Mili, personagem de Fernanda Souza – e, ironicamente, a atriz parecia seguir os passos da intérprete original, deixando o SBT em direção à Globo. Porém, seu começo na emissora carioca não foi muito feliz.
Em Êta Mundo Bom (2016), novela das seis de Walcyr Carrasco, ela deu vida a Gerusa, uma garota que tinha leucemia e corria risco de morrer. A atriz não se encontrou em cena e o texto e direção irregulares pioravam a situação. Felizmente, Giovanna virou o jogo na atual temporada de Malhação, a ótima Viva a Diferença. Interpretando a rebelde Samantha, ela afastou qualquer semelhança com seus papeis anteriores e se mostra muito mais convincente e segura.
Em Carinha de Anjo, chama atenção a pequena Lorena Queiroz. A intérprete da adorável Dulce Maria (vivida por Daniela Aedo na versão mexicana) tem chamado atenção pela naturalidade e pelo carisma, experimentando uma visível evolução – especialmente na cumplicidade da garota com a ex-freira Cecília (Bia Arantes).
Outro nome que merece ser mencionado é o de Maisa Silva. A garota começou no SBT como apresentadora do Bom Dia e Cia., mas passou a se destacar mesmo em suas interações com Sílvio Santos no programa do veterano. Logo seguiu a carreira de atriz, interpretando a Valéria em Carrossel e a youtuber Juju em Carinha de Anjo. Uma trajetória de sucesso que se desenha desde criança, que tornou Maisa uma das queridinhas de Sílvio.
Na próxima novela infantil da emissora, As Aventuras de Poliana, o posto de protagonista caberá a Sophia Valverde, que esteve em Chiquititas vivendo a personagem Maria (que foi de Carla Diaz na versão clássica) e em Cúmplices de Um Resgate.
A trama ainda trará Larissa Manoela como a vilã do enredo, além de atores como Dalton Vigh (egresso da Globo) e Milena Toscano (que teve passagens pela emissora carioca e pela RecordTV). Fica a torcida pra que Sophia honre a missão e faça o mesmo sucesso de suas colegas.
Larissa Manoela, Maísa Silva, Lorena Queiroz e Giovanna Grigio são importantes provas de que a produção de teledramaturgia do SBT continua revelando bons e promissores nomes. As quatro vêm construindo carreiras de sucesso – no caso de Lorena, pode-se dizer que o telespectador acompanha o seu aprendizado em cena – e têm tudo pra se tornarem grandes estrelas, como outras reveladas pela emissora no passado. E que venham mais iniciativas assim.