Copacabana e Tijuca: saiba onde foi gravada a novela Pega Pega
19/07/2021 às 18h53
Se depender da cenografia e da produção de arte de Pega Pega, a Cidade Maravilhosa vai aparecer ainda mais bonita, destacando a geografia de dois dos bairros mais emblemáticos do município: Copacabana e Tijuca. Para tal, a novela contou com três cidades cenográficas nos Estúdios Globo: o Carioca Palace, na orla; um pedacinho de Copacabana; e a vila da Tijuca e seus redutos, ocupando no total cerca de dez mil metros quadrados de área construída.
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No burburinho de Copacabana, moram Malagueta (Marcelo Serrado), Domênico (Marcos Veras) e Maria Pia (Mariana Santos); está localizada a delegacia, comandada pelo delegado Siqueira (Marcello Escorel) e pelos inspetores Antônia (Vanessa Giácomo) e Domênico (Marcos Veras); e a boate Strass, frequentada pelo gerente do hotel, Douglas (Guilherme Weber).
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Na Tijuca, vivem na vila a camareira Sandra Helena (Nanda Costa), sua mãe, a costureira Dulcina (Edvana Carvalho), e seu padrasto, Aníbal (Edmilson Barros); o garçom Julio (Thiago Martins) e suas tias, Elza (Nicette Bruno) e Prazeres (Cristina Pereira); além da família Borges; e do casal Evandro (Paulinho Vilhena) e Mônica (Julia Lund). Em outro reduto do bairro moram Madalena (Virgínia Rosa), seu filho Dilson (Ícaro Silva) e Wanderley (Bernardo Marinho).
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“A função da cenografia é apresentar a atmosfera dos locais retratados com verossimilhança para que o transporte do público aconteça. Fizemos pesquisas, sobrevoos pelos bairros para captar os detalhes e reproduzi-los. Quanto mais referências melhor”, conta a cenógrafa May Martins, que tem o hotel como a “menina dos olhos da cenografia”, o primeiro cinco estrelas cenográfico dos Estúdios Globo.
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O Carioca Palace é um mix dos tradicionais cinco estrelas do mundo. Traz características do Negresco, em Nice, na França; e do Carrasco, em Montevidéu, no Uruguai. A pujança do projeto, assinado por Maurício Rohlfs, impressiona, uma vez que foram construídos dois andares e toda a área comum, incluindo lobby, piscina, quiosque, calçadão – os demais seis andares e a cobertura serão inseridos por computação gráfica –, ocupando 2.200 metros quadrados.
O pé-direito é de seis metros e foram usados materiais reais e nobres: mármore, granito, ferro, vidro, porcelanato, entre outros. “A ideia é de imponência, apesar do momento um pouco decadente pelo qual passa o hotel durante a gestão Pedrinho (Marcos Caruso). Tudo é real, os materiais e revestimentos são reais e as áreas também. Temos uma piscina e uma cozinha industrial prontas para uso. Reproduzimos com pedras portuguesas o calçadão com o desenho de Burle Marx”, explica May, que comandou, ao lado de Marcelo Carneiro, a equipe de cenógrafos.
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As suítes foram montadas em estúdio, e o colorido impera. O hotel começa preso numa decoração que remete aos anos 80, o que para May veio a calhar: “Isso vai dar um charme retrô, com uma pegada de cores”.
Seguindo a paleta da novela, os aposentos não serão neutros, ganharão tonalidades vermelhas, laranjas, verdes, douradas e turquesas, além de elementos temáticos. “Estamos usando preto e branco no mobiliário básico e ‘carregando nas tintas’ nos detalhes – abajures, guardas de cama, cadeiras e poltronas –, que ganharam tons turquesas, laranjas, vermelhos, verdes e dourados. A estrutura é a mesma de qualquer hotel”.
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Quanto às suítes temáticas, May não poupou ousadia. A primeira personagem a experimentar foi justamente Sabine (Irene Ravache), a empresária suíço-brasileira avessa à brasilidade. Ela vai se hospedar na suíte Xingu, com elementos que remetem à cultura indígena. “Uma referência exotique”, pontua May. Pedrinho (Marcos Caruso) e Luiza (Camila Queiroz), moradores do hotel, ficarão com as suítes premium. Ambos os quartos têm referências inglesas, o de Pedrinho com uma pegada nostálgica, revivendo os tempos áureos com muitas fotos, enquanto que o de Luiza segue uma linha moderna, um misto de contemporaneidade com um quê de princesa em seu castelo.
Na Tijuca, a tradição do bairro predomina, seja nos apartamentos ou na vila com 11 casas. “Um clássico tijucano da arquitetura”, explica May.
A vila tem peculiaridades para aproximar ainda mais o público da trama. A casa da família Borges (Danton Mello), por exemplo, tem um anexo, uma edícula, para comportar o teatro de bonecos; a casa de Júlio (Thiago Martins), onde ele mora com as tias Elza (Nicette Bruno) e Prazeres (Cristina Pereira), tem um porão e a sala foi construída na cidade cenográfica. “Construímos uma escada que desce ao porão. E como as tias interagem com os demais personagens, fizemos uma sala de visita na cidade cenográfica para estreitar esta relação, sem corte para o estúdio”, destaca a cenógrafa. Na Tijuca cenográfica, não faltarão elementos bem familiares do público. Estão lá a carrocinha de pipoca, o florista, o vendedor de balas, a banca de jornal, tudo para criar uma atmosfera de aconchego.