No lançamento de O Céu é o Limite, Marcelo de Carvalho explica o jogo e fala sobre polêmicas da emissora

07/03/2017 às 9h45

Por: Gabriel Vaquer

Numa tarde de segunda-feira (6) chuvosa em São Paulo, a RedeTV! reuniu a imprensa para o lançamento de seu mais novo programa, o game show O Céu é o Limite, apresentado por um dos donos da emissora, Marcelo de Carvalho. O TV História estava presente na coletiva.


MARCELO DE CARVALHO (DIVULGAÇÃO/REDETV!)

Dentro de um cenário moderno, com câmera 360 graus e iluminação comandada por software, Marcelo chegou sorridente e falou algumas curiosidades sobre o programa e também sobre sua carreira de apresentador de game shows, que começou em 2009, no Mega Senha.

O empresário diz que foi convencido por executivos do canal, mas que não acreditava muito em seu potencial, tanto que odeia fortemente o primeiro piloto do programa, gravado na época.

“Foi o pior piloto da história da televisão brasileira. Foi apagado daqui, mandei incinerar. Não vou ceder para vocês nunca (risos). Fizemos um segundo piloto, um terceiro, e aí sim a coisa foi excelente. Comecei com a Luciana Gimenez, e, para mim, era uma coisa detestável. Quando ela ficou grávida, nós íamos fechar o programa, mas o pessoal do comercial disse que estava vendendo bem, então continuamos até agora com ele”, disse o executivo.

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Ao responder a pergunta do TV História sobre o motivo de ter escolhido um nome histórico para a televisão nacional – o formato de O Céu é o Limite foi consagrado pelo saudoso J. Silvestre durante várias décadas, Marcelo disse que foi uma homenagem e que tem excelentes recordações do apresentador, cujo último trabalho na TV foi com Amilcare e Marcelo, no Domingo Milionário, da extinta Rede Manchete.

“Não sei se você sabe, mas o último trabalho do J. Silvestre em televisão foi conosco. Nós ainda não tínhamos televisão na época, era a Ômega Produções, e nós fizemos o O Céu é o Limite dentro do Domingo Milionário, na época da Manchete ainda. Eu tenho excelentes recordações daquele tempo. Nós tínhamos comprado o nome naquela época e decidimos usar num momento em que o formato pedisse, até para homenagear. Nesse programa, o cara pode voltar na outra semana. Se ele for bom mesmo, o limite é o céu. Não é como o Mega Senha ou o Show do Milhão, que o cara pega o prêmio e vai embora”, comentou.

Polêmicas

Além disso, Marcelo de Carvalho falou sobre outras questões envolvendo televisão. Numa delas, negou a demissão de Elias Abrão, superintendente artístico da RedeTV!, que se demitiu no Twitter após a repercussão negativa de um episódio do Bastidores do Carnaval, em que a modelo Ju Isen mostrou seu ânus de forma involuntária.

Marcelo comentou que nesta terça-feira Elias volta ao trabalho e comparou a gafe com o que aconteceu na entrega de melhor filme do Oscar – foi anunciado La La Land, enquanto o vencedor foi Moonlight.


BASTIDORES DO CARNAVAL (REPRODUÇÃO)

“Se no evento artístico talvez mais importante do mundo, que é o Oscar, os camaradas conseguiram errar o nome do melhor filme na frente de bilhões de pessoas, o que dirá uma gafe numa transmissão ao vivo de quatro ou cinco dias. Em qualquer transmissão ao vivo podem acontecer problemas”, sentenciou.

Por fim, Marcelo afirmou que não recebeu nenhuma proposta de produtoras brasileiras e que sente falta de criação própria na televisão nacional: “Nós não recebemos nenhuma proposta de uma produtora brasileira. É uma pena, porque acho que sentaríamos para conversar tranquilamente”.

Formato do programa

Formato original da húngara DOT, O Céu é o Limite teve sua comercialização no mercado brasileiro intermediada pela Endemol. “Estamos muito contentes em voltar à RedeTV! com a venda da licença de O Céu É O Limite, adaptação de El Legado, sucesso em diversos países”, afirma Juliana Algañaraz, diretora-geral da Endemol Shine Brasil.

No programa, seis competidores se enfrentam em rodadas de perguntas eliminatórias, que exigem conhecimentos gerais, raciocínio rápido e muita concentração.

Em cada uma das seis fases do jogo, o eliminado deixa seu dinheiro para outro participante. Na reta final, apenas um jogador poderá levar a bolada acumulada, se conseguir passar pela guilhotina e acertar a palavra secreta. Ganhando ou perdendo, ele garante sua participação no programa seguinte, quando terá uma nova chance de conquistar ainda mais dinheiro, fazendo jus ao nome do programa.


O CÉU É O LIMITE (DIVULGAÇÃO/REDETV!)

No Brasil, o programa ainda conta com uma novidade: a participação de dois artistas convidados a cada edição, que assumem a função de ‘anjos da guarda’ dos competidores.

Para a implantação da versão brasileira, o canal investiu em equipamentos de captação de imagens e iluminação, reproduzindo a planta de colorimetria definida para os diferentes momentos do jogo.

O programa estreia neste sábado (11), no mesmo horário do Mega Senha, às 23h30.


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