No final da tarde desta quarta-feira (5), as operadoras NET/Claro, Oi e Vivo sentaram e conversaram com a Simba Content, joint-venture entre RecordTV, SBT e RedeTV!, que negocia um valor pelo sinal digital destas emissoras na TV paga.

Segundo informações obtidas pelo TV História, as negociações avançaram, mas nenhum acordo para a volta do sinal na Grande São Paulo, retirado na semana passada, foi fechado. Pelo menos até o dia 11 de abril, próxima terça-feira, quando está marcada uma nova reunião entre as partes, os três canais devem ficar de fora do ar.

Como o TV Históriapublicou recentemente, apenas a Sky se recusa a conversar com a Simba, por acreditar que é um abuso ter que pagar por sinal de TV aberta, que sempre foi gratuito.

Já nesta quinta-feira (6), a revista Veja publicou que NET/Claro teriam chegado a um acordo de valor com a Simba, e que o contrato entre as três seria celebrado nos próximos dias, com a volta imediata do sinal nas duas operadoras.

Procurada pelo TV História, a assessoria de imprensa da Simba Content negou veementemente a informação e disse apenas que as negociações seguem sem novidades até o momento.

“A Simba informa que as negociações seguem seu curso e sem novidades. A empresa sempre acreditou no bom senso entre as partes”, afirmou em comunicado. “Gostaríamos muito que esta notícia fosse verdadeira. Mas hoje, ela não é”, concluiu a empresa.

A Simba existe desde 2015, mas apenas em maio do ano passado seu funcionamento foi aprovado pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O funcionamento pleno começou no início deste ano.

A união já rende frutos impressionantes. Em fevereiro, Ratinho, Rodrigo Faro e Luciana Gimenez, três das maiores estrelas das emissoras da joint-venture, se uniram para anunciar o fim da TV analógica em comerciais.

Na última semana, anunciou a retirada dos sinais digitais das TVs a cabo por não receber por eles e alegar intransigência ao não conseguir negociar com NET, Sky, Vivo, Oi e Claro.

A Simba surgiu da necessidade dos canais de cobrarem pelo seu sinal na TV por assinatura. Segundo elas, a Globo recebe dinheiro pelo seu sinal e todas as outras não conseguem um centavo das maiores operadoras do Brasil.

A expectativa é que cerca de R$ 200 milhões, apenas com as assinaturas, cheguem aos cofres dos canais se todo o plano pretendido for seguido à risca.

Esse dinheiro deve ser aplicado na produção de conteúdo. Elo mais fraco da corda, a RedeTV! espera que essa joint-venture ajude o canal a diminuir os horários vendidos em sua grade – hoje em mais de 50% no total.


Compartilhar.