Os funcionários da TV Cultura definiram que não irão parar na greve geral, como era a ideia de boa parte de seus contratados.

Segundo informações apuradas pelo TV História e confirmadas pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), ficou decidido que os jornalistas e radialistas promoverão apenas um ato na tarde desta sexta-feira (28), em frente à sede da emissora, na zona oeste de São Paulo (SP).

No entanto, também foi combinado que camisas em apoio à greve geral seriam distribuídas e que os funcionários iriam usá-las, em forma de apoio ao protesto.

A paralisação total também não ocorrerá por medo de retaliações, já que jornalistas e direção da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, ainda estão em total pé de guerra.

Hoje, todos os contratados da FPA estão envolvidos em um embate por reajuste de salários e benefícios, congelados há três anos por ordem do Governo de São Paulo.

O argumento é de que o dinheiro vindo do Governo Estadual de São Paulo diminuiu em mais de 30%, prejudicando totalmente as financeiras da TV Cultura e da Fundação. No ano passado, o canal parou por dois dias no segundo semestre por conta dos reajustes não feitos.

Também emissora pública, a TV Brasil, pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ligada ao Governo Federal, aprovou a paralisação e seus funcionários irão cruzar os braços na greve geral. Nesta emissora, a paralisação também é por conta das mudanças ocorridas no canal em relação aos investimentos, pedindo que a rede não seja sucateada.

Recentemente, o TV História divulgou que a TV Brasil decidiu não pagar mais por direitos esportivos e que deixará de transmitir as Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro, suas maiores audiências. O fato revoltou os trabalhadores, que acreditavam na visibilidade que o futebol trazia para a emissora.

A greve geral ocorrerá por conta das reformas da previdência e trabalhista em tramitação no Congresso Nacional. Várias categorias vão parar, entre elas rodoviários, aeroviários e portuários.


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