Paola e Paulina de casa nova: Globo dá rasteira no SBT e compra A Usurpadora
02/04/2021 às 0h07
Depois de perder Chaves e Chapolin, o SBT sofreu mais um duro golpe nesta quinta (01). A Globo comprou os direitos de exibição de A Usurpadora, novela produzida em 1998 pela Televisa e exibida nada menos que sete vezes pelo canal de Silvio Santos. A história de Paola e Paulina, gêmeas vividas por Gabriela Spanic, será disponibilizado no Globoplay, serviço de streaming do Grupo Globo.
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A informação foi confirmada no perfil do Globoplay no Twitter: “Paola Bracho mandou avisar que a Usurpadora chegará por aqui. Que comece a temporada de ‘cadê a data, Globoplay”.
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A Usurpadora foi exibida pela primeira vez no Brasil em 1999 e foi um fenômeno de audiência. Desde então, a trama vinha sendo reprisada várias vezes, sempre obtendo um ótimo retorno do público.
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A primeira reprise foi em 2000, menos de um ano depois da exibição original. O SBT depois passou a trama novamente em 2005, 2007, 2013 e 2015. Todas as vezes conquistando expressivos números de audiência, para o terror das concorrentes Record, Band e Rede TV!, que perdiam quase sempre para a reexibição de uma produção comprada, enquanto gastavam dinheiro com produções próprias.
A trama mostra duas irmãs idênticas que têm suas vidas separadas assim que nascem, mas, por ironia do destino, se cruzam anos depois e acabam trocando de papéis.
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Paulina e Paola são gêmeas. A mãe das duas vive em uma situação de miséria e, em virtude disso, abandona uma delas, que é adotada por uma família rica. A que fica com ela precisa enfrentar várias dificuldades e se transforma em uma mulher tímida, íntegra e boa. A outra desfruta de todos os luxos possíveis e vira uma perua fútil, arrogante, fria e extremamente ambiciosa, que se casa com o milionário Carlos Daniel Bracho, passando a usar o nome de Paola Bracho.
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Paola é uma típica vilã mexicana, repleta de tons exagerados, incluindo até mesmo a tradicional gargalhada maligna. A personagem é um sucesso, sendo o principal atrativo da novela. Ela, aliás, trai o marido com o cunhado – Willy, mau-caráter casado com uma mulher atormentada e ressentida que se veste de forma desleixada -, não liga para os enteados, e ainda embebeda a sogra (Piedade Bracho). A víbora odeia todos os integrantes daquela família e, entediada com aquela vida, planeja viajar com um de seus amantes.
É justamente nesta viagem que ela encontra Paulina em um toalete e vê sua vida mudar. Depois de se recuperar do choque da semelhança física, Paola elabora o plano de usurpação. Unindo o útil ao agradável, ela propõe que a sua ‘cópia’ assuma sua identidade por um ano, enquanto ela aproveita as ‘férias’ sem se preocupar com a desconfiança dos familiares. E para obrigar Paulina a participar do plano, a vilã arma para a mocinha e a acusa de tê-la roubado uma pulseira. Caso a inocente mulher não aceite o acordo, ela a coloca na cadeia.
Claro que a gêmea boa aceita e até aprende a ser tão elegante quanto a irmã má. Sua presença na desestruturada família Bracho é uma ‘benção’ e ela, com o tempo, vai criando fortes laços com cada um e ainda ajuda a todos. Para culminar, Paulina se apaixona por Carlos Daniel, vivendo um casamento feliz ao seu lado (afinal, ele acha que continua casado com Paola). Só que a virada na novela ocorre quando a vilã retorna querendo seu lugar de volta, iniciando um forte embate com a mocinha.
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A diferença de personalidade das protagonistas idênticas fisicamente, onde uma é mocinha e a outra vilã, remete imediatamente ao sucesso Mulheres de Areia (original e remake), da saudosa Ivani Ribeiro. Mas, vale ressaltar que a produção mexicana é um remake da produção venezuelana , exibida em 1972. Ou seja, até nisso as tramas se parecem. Só que, claro, as semelhanças no enredo ficam somente neste quesito envolvendo a gêmea boa e gêmea má que trocam de papel.
A Usurpadora é um dramalhão mexicano que conquistou o público brasileiro noveleiro. A história realmente prende a atenção e, apesar dos exageros característicos nestas produções, os personagens cativam e os atores, em sua maioria, são bons. Os embates e cenas também são atrativos, despertando aquela vontade de acompanhar diariamente, como toda boa novela tem que fazer. Tanto que a compra por parte da Globo, eterna rival do SBT, não chega a surpreender.