A eleição dos Melhores do VIVA 2017 chega ao fim na próxima sexta-feira (26) – o resultado será divulgado na segunda-feira (29). Confira abaixo os indicados nas categorias “quero de volta à TV”, “saudade” e “melhor cena”, escolhidos por nosso júri técnico. E ainda: os pré-selecionados que acabaram ficando de fora da disputa.

QUERO DE VOLTA À TV

Beatriz Segall praticamente emendou Dancin’ Days (1978) com Pai Herói (1979), onde viveu Norah, mãe da protagonista Carina (Elizabeth Savala). A frágil senhora, aplacada pela viuvez, ganhou força ao se envolver com Horácio (Emiliano Queiróz), irmão de seu falecido marido; uma relação condenada pela sogra Januária (Lélia Abramo). E Beatriz, eterna Odete Roitman de Vale Tudo (1988), brilhou!

– A Leonor, de Por Amor (1997), não figura na galeria de grandes personagens de Eloísa Mafalda. A atriz mostrou em outros trabalhos – de Gabriela (1975) a Pedra Sobre Pedra (1992) – muito mais potencial do que na novela de Manoel Carlos; sua senhora de Tatuí só fazia intervir nas discussões da família capitaneada por Sirléia (Vera Holtz), sua filha. Mas Eloísa, mesmo em papel pequeno, é sempre ótima!

Karina Barum estreou na TV com o pé direito! Foi a arma de Silvio de Abreu para “romantizar” Torre de Babel (1998) e, assim, manter o público ligado na trama recheada de temas polêmicos. Após a novela, Karina passou por Record TV e SBT. E Shirley, sua personagem, chegou a ser reverenciada em Haja Coração (2016), numa espécie de “reedição” do tipo (então vivido por Sabrina Petráglia).

– Dez entre dez noveleiros anseiam pela volta de Lídia Brondi ao vídeo. Hoje psicóloga, Lídia já ganhou esta categoria em 2016, quando surgiu no VIVA interpretando Fernanda, de Meu Bem, Meu Mal (1990). Agora, desponta como Leonora, ou Sheila, melhor amiga de Tieta (Betty Faria), protagonista da novela de 1989. A personagem não lhe deu grandes chances. Ainda assim, Lídia arrasou!

– Um dos rostos mais expressivos da televisão no final da década de 1980, com sucessivos trabalhos na Globo e na Manchete, Mayara Magri diminuiu o ritmo nos anos posteriores e chegou a migrar para o outro lado do estúdio, como assistente de direção, em Cristal (2006), do SBT. A Babi – e o seu “rabicho”, esdrúxulo corte de cabelo -, de A Gata Comeu (1985), é uma das personagens mais festejadas da atriz.

Também foram relacionados Alexandra Marzo (Betty), Carla Camuratti (Marília) e Chica Xavier (Júlia), de Fera Radical (1988); Beatriz Lyra (Mafalda), Giovanna Gold (Kátia) e Karina Perez (Rose), de Por Amor; Cacá Carvalho (Jamanta) e Etty Fraser (Sarita), de Torre de Babel; Cristina Galvão (Filó) e Simone Carvalho (Bebé), de Tieta; Eduardo Tornaghi (Rafael), Fátima Freire (Paula), Marilu Bueno (Tetê), Marina Miranda (Nair), Roberto Pirillo (Tony) e Rogério Froes (Martim), de A Gata Comeu; Fernando Eiras (Romão), Maria Fernanda (Gilda), Nádia Lippi (Aline) e Suzana Faini (Jussara), de Pai Herói.

Por dois trabalhos: Cleyde Blota (Josefa, de Torre de Babel; Lourdes, de Fera Radical); Maria Helena Dias (Filinha, em Pai Herói; Zuleica Cinderela, em Tieta); Monah Delacy (Eugênia, em Pai Herói; Graziela, em A Gata Comeu); Reynaldo Gonzaga (Hilário, em Pai Herói; Vítor, em Fera Radical); e Sônia Regina (Alice, em A Gata Comeu; Jeny, em Pai Herói).

SAUDADE

Armando Bógus colocou mais um personagem em sua galeria de notáveis ao viver Modesto Pires em Tieta. O homem mais rico de Santana do Agreste tinha uma amante, Carol (Luiza Thomé), popularizando a expressão “teúda e manteúda” em todo o Brasil durante a exibição da novela. Morreu em 2 de maio de 1993, aos 63 anos, vítima de leucemia, deixando um trabalho póstumo, Sex Appeal (1993).

– Em Pai Herói, Cláudio Cavalcanti viveu Gustavo Gurgel, golpista que termina apaixonado por Walkiria (Rosamaria Murtinho), a quem planejava ludibriar. Morreu em 29 de setembro de 2013, aos 73 anos, em razão de um choque cardiogênico. Deixou um trabalho póstumo, a série Sessão de Terapia (GNT), que estreou um mês após sua despedida.

– A veterana Cleyde Yaconis, viveu a hipocondríaca Diolinda Falcão, mãe de Edmundo (Victor Fasano), em Torre de Babel. Morreu em 15 de abril de 2013, aos 89 anos. Sua última novela foi Passione, em 2010, também de Silvio de Abreu. Cleyde, aliás, estreou na Globo em uma trama do autor, Rainha da Sucata (1990), após anos atuando em folhetins da Excelsior, Tupi e Band.

– Muito querido pelo público, Elias Gleizer viveu o fazendeiro Donato, em Fera Radical em 1988; no ano seguinte, foi Jairo, dono da marinete que transportava o povo de Santana do Agreste. Depois de Tieta, o ator ainda participou de diversas novelas e morreu em 16 de maio de 2015, aos 81 anos. Sua última participação foi em Boogie Oogie (2014), como o Padre Cláudio.

– Mistério… O bordão de Dona Milu pegou. E mãe de Carmosina (Arlete Salles) caiu no gosto do público. Miriam Pires fez muitas novelas – estava na Globo desde a criação da emissora, em 1965, com breves passagens por outros canais – e morreu no decorrer de uma delas, Senhora do Destino, vítima de toxoplasmose, no dia 7 de setembro de 2004.

– O justo Altino, de Fera Radical, marcou a trajetória de Paulo Goulart na TV. De início, preso a uma cadeira de rodas; posteriormente, o homem firme e forte que fez justiça a Cláudia (Malu Mader), cuja vida fora destruída pela família dele. Travou uma longa batalha contra o câncer. E nos deixou em 13 de março de 2014, aos 81 anos. Seu último trabalho na telinha foi em uma participação em Louco por Elas (2012).

– A participação de Rogéria em Tieta rendeu cenas que hoje servem de bandeira à causa LGBT. Assediada pelo machista Amintas (Roberto Bonfim), Ninette, a procuradora de Tieta, revela seu nome de batismo: Valdemar. Rogéria faleceu na noite de 4 de setembro de 2017, aos 74 anos, no Rio de Janeiro, dias após ser hospitalizada em razão de uma infecção urinária, agravada após uma crise convulsiva.

– O avarento Zé Esteves, que expulsou a filha Tieta (Cláudia Ohana) de casa, foi um dos tipos marcantes da carreira de Sebastião Vasconcelos. O ator ainda fez outros personagens de sucesso, como o Floriano de Mulheres de Areia, e deixou a Globo para ingressar na Record em 2007, onde fez duas novelas. Em depressão, morreu em 15 de julho de 2013, aos 86 anos, de choque séptico e parada cardiorrespiratória.

– Intérprete da inesquecível Tonha, que passa por uma grande reformulação no decorrer de Tieta, Yoná Magalhães foi uma das recordistas em participações em novelas no Brasil, tendo protagonizado diversas tramas a partir dos anos 1960. Morreu em 20 de outubro de 2015, aos 80 anos, em virtude de problemas cardíacos. Seu último papel foi Glória em Sangue Bom (2013).

– A tragédia do Bateau Mouche, embarcação de turismo que naufragou na Baía de Guanabara em 31 de dezembro de 1988, pôs fim à trajetória de êxito de Yara Amaral, a vilã Joana Flores, de Fera Radical. A atriz fez sucesso em outras produções, como Anos Dourados (1986), Guerra dos Sexos (1983), Sol de Verão (1982) e Dancin’ Days (1978), além de cinema e teatro.

MELHOR CENA

Confira nos vídeos abaixo as cenas escolhidas pelo júri técnico do Melhores do VIVA 2017.

Pai Herói: Bruno (Paulo Autran) foge vestido de pierrôs ao descobrir que a polícia está em seu encalço.

Não encontramos registro em vídeo desta cena para incorporar ao nosso conteúdo. Você pode conferir a sequência no site Memória Globo, clicando aqui!

Por Amor: Eduarda (Gabriela Duarte) atira Laura (Vivianne Pasmanter), de cadeira de rodas, na piscina.

Por Amor: Helena (Regina Duarte) troca os bebês, com o auxílio de César (Marcelo Serrado).

Tieta: Tieta (Betty Faria) regressa a Santana do Agreste no momento em que a família reza uma missa por sua “morte”.

Torre de Babel: Ângela se suicida, após tentar sequestrar Guiminha (Felipe Latgé).

Também foram relacionadas cenas de A Gata Comeu – Jô (Christiane Torloni) finge ser Gláucia (Bia Seidl) e apronta escândalo em uma praça pública; Conceição (Dirce Migliaccio) dá uma surra no marido Oscar (Luís Carlos Arutin) ao vê-lo paquerando na praia.

De Fera Radical – Cláudia (Malu Mader) interrompe o noivado de Heitor (Thales Pan Chacon) e Marília (Carla Camuratti) em sua chegada a Rio Novo.

De Pai Herói – Walkiria (Rosamaria Murtinho) é levada para o manicômio após casar-se com Gustavo (Cláudio Cavalcanti).

De Por Amor – Orestes (Paulo José) invade o casamento de Eduarda (Gabriela Duarte) e Marcelo (Fábio Assunção); Helena confessa a Virgínia (Ângela Vieira) que trocou os bebês; Branca (Susana Vieira) ameaça matar Isabel (Cássia Kis) com uma tesoura; Helena confessa a Atílio (Antonio Fagundes) que trocou os bebês.

De Tieta – Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos) expulsa Tieta (Cláudia Ohana) de Santana do Agreste; devaneios e morte de Zé Esteves; Perpétua (Joana Fomm) diz ter perdido a visão após flagrar Tieta na cama com Ricardo (Cássio Gabus Mendes); Tieta joga dinheiro para o alto e Perpétua recolhe as notas, após a vilã exigir que a irmã se case com Ricardo; Tonha (Yoná Magalhães) volta à Santana de Agreste, após mudar o visual.

De Torre de Babel – Ângela (Cláudia Raia) dispara contra Vilma (Isadora Ribeiro); depois, atira o corpo dela de um penhasco; Ângela foge da cadeia, após assassinar um funcionário do presídio.

Vote no questionário abaixo ou via link direto, clicando aqui. Os resultados serão divulgados no dia 29.

MELHORES DO VIVA 2017 – VOTE AQUI!


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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.