Desvalorizada pela Globo, A Vida da Gente deveria ser a próxima reprise das seis

27/01/2021 às 0h16

Por: Sergio Santos
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Em 26 de setembro de 2011, estreava A Vida da Gente, novela das seis que até hoje é lembrada pelos telespectadores que se envolveram com a emocionante e linda história escrita por Lícia Manzo, que também estava começando uma nova empreitada em sua carreira: a de ser autora principal de um folhetim.

Rotineiramente, a produção é envolvida em notícias sobre reprises, seja no Vale a Pena Ver de Novo, seja em edição especial na faixa das seis. E, com a nova janela que seria aberta após Flor do Caribe, a Globo deveria apostar nessa trama – também concorreriam títulos como Lado a Lado e Joia Rara.

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Apesar dos baixos números de audiência (22 pontos de média geral, um a mais que Flor do Caribe), A Vida da Gente pôde ser considerada um grande êxito. Tanto na condução da novela, quanto na escalação do elenco e na boa e intensa repercussão que teve.

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O telespectador foi conquistado imediatamente pela história das irmãs que se amavam e tiveram a linda relação rompida após uma tragédia causada depois de uma sucessão de desentendimentos familiares.

O trio protagonista era composto por Marjorie Estiano, Fernanda Vasconcellos e Rafael Cardoso, que eram Manuela, Ana e Rodrigo: o triângulo amoroso que despertou torcidas fanáticas e proporcionou inúmeras cenas marcantes ao longo da trama. Manu e Ana eram irmãs que se amavam e se respeitavam, apesar da mãe Eva (Ana Beatriz Nogueira), que não escondia sua predileção por Ana e seu imenso desprezo por Manu. Ana, por sua vez, era apaixonada por Rodrigo e da relação nasceu Júlia (Jesuela Moro, na fase crescida). Após muitos dramas e conflitos, as irmãs resolveram fugir com a criança para iniciar uma nova fase e deixar os problemas para trás.

Porém, um grave acidente de carro – uma das melhores cenas (senão a melhor) de acidente da história da teledramaturgia, diga-se de passagem -, Ana entra em coma e Manu se vê sozinha com a sobrinha em meio aos julgamentos de Eva e ao sofrimento de ver a irmã entre a vida e a morte. Ela acaba se envolvendo com Rodrigo, formando um casal lindo e feliz – onde Marjorie Estiano e Rafael Cardoso transbordaram química. Porém, quando Ana acorda, anos depois, novos dramas ocorrem, enriquecendo ainda mais a novela, que também contava com outros núcleos, tão interessantes quanto o principal.

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Lícia Manzo foi batizada como a “discípula de Manoel Carlos”, por causa do rico tratamento dado às relações familiares, característica que marca a carreira de Maneco. Porém, a autora mostrou que é muito mais que uma mera aprendiz: é uma profissional que sabe muito bem o que faz e o que escreve. Ela conseguiu criar uma história primorosa e ainda fez com que todos os seus personagens parecessem reais.

Além de Ana, Rodrigo, Manu e Eva, vários outros tipos encantaram através de seus dramas e conflitos: Iná (Nicette Bruno), Laudelino (Stênio Garcia), Suzana (Daniela Escobar), Cícero (Marcelo Airoldi), Vitória (Gisele Froés), Sofia (Alice Wegmann), Nanda (Maria Eduarda), Dora (Malu Galli), Jonas (Paulo Betti), Cris (Regiane Alves), Lourenço (Leonardo Medeiros), Moema (Cláudia Mello), Seu Wilson (Luiz Serra), entre tantos outros. E também é preciso elogiar o elenco escalado, que, além de enxuto, foi muito bem escolhido e todos se entregaram do início ao fim.

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A novela ainda ficou marcada pelas viscerais atuações de Marjorie Estiano e Fernanda Vasconcellos. A dupla brilhou e protagonizou inúmeras cenas que exigiram muito profissionalismo. Manu e Ana foram os melhores papéis na carreira delas até agora. E apesar de todos os atores terem tido um bom destaque, vale ressaltar os desempenhos de Nicette Bruno, Ana Beatriz Nogueira, Jesuela Moro, Rafael Cardoso e Gisele Froés. Ainda é preciso lembrar, também, a tocante abertura da novela. Um compilado de fotos e filmagens dos personagens era exibido enquanto tocava a linda música Oração ao Tempo, na voz de Maria Gadú. Combinação que ficou perfeita no ar.

Em meio à briga de torcidas que o quarteto central causou na internet, a autora optou por seguir a sinopse da trama e encerrou sua obra com Manu ao lado de Rodrigo e Ana ao lado de seu médico (Dr. Lúcio, vivido por Thiago Lacerda), exibindo um final emocionante, impecável e repleto de cenas lindas.

A Vida da Gente foi uma novela inesquecível e Lícia Manzo estreou sua primeira trama com pé direito. Valeu muito a pena acompanhar cada conflito, cada drama, cada diálogo e cada lágrima desse folhetim que ficou marcado pela intensidade e pelo realismo das cenas. Esperamos poder revê-la novamente na tela da Globo em breve.

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