Em menos de um ano, Guilherme Fontes foi do céu ao inferno dentro da Globo
15/09/2021 às 6h30
Um bom ator precisa ter versatilidade. Guilherme Fontes provou isso na prática: em menos de um ano, entre 1993 e 1994, ele trocou o papel de mocinho pelo de grande vilão em duas novelas de sucesso da Globo.
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Após ter despontado em tramas como Bebê a Bordo (1988) e Desejo (1990), Fontes foi escalado para ser o protagonista masculino do remake de Mulheres de Areia.
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Entre 1º de fevereiro de 1993 e 25 de setembro de 1993, o ator viveu Marcos, filho de Virgílio Assunção (Raul Cortez) e Clarita (Susana Vieira) e irmão de Malu (Vivianne Pasmanter).
Era um rapaz sensível e romântico. Trabalhava com o pai, a quem admirava, e era noivo de Andrea (Karina Perez). O casamento era visto com bons olhos por todos, principalmente por Virgílio, que vislumbra a consolidação de seu poderio econômico.
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Marcos, no entanto, apaixona-se por Ruth (Gloria Pires), filha de um pescador. Só que também é cobiçado pela interesseira Raquel (Gloria Pires), gêmea de Ruth, com quem acaba se casando. No final, ele termina com a gêmea boa.
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Sete meses após o final de Mulheres de Areia, que bateu recordes de audiência na faixa das seis, Fontes foi escalado para viver Alexandre em outro remake de Ivani Ribeiro.
A Viagem, recentemente exibida pelo canal Viva, entrou no ar em 11 de abril de 1994 e foi mostrada até 22 de outubro do mesmo ano, em 160 capítulos.
Em papel completamente oposto ao anterior, Alexandre era um rapaz sem caráter, maldoso e vingativo. Filho caçula de dona Maroca (Yara Cortes) e irmão de Diná (Christiane Torloni) – que não vê seus defeitos –, Raul (Miguel Falabella) e Estela (Lucinha Lins).
Viciado em drogas, comete um assassinato no primeiro capítulo, comete suicídio e passa a atormentar os que julga responsáveis por seu trágico destino, se redimindo somente no final da história.
“Estou trabalhando sem parar desde Mulheres de Areia”, declarou ao jornal O Dia de 22 de maio de 1994 – ele também estava em cartaz no teatro.
“Me policio para que os personagens não fiquem com a minha cara. Estou sempre atento. Não quero ficar estigmatizado e acabar fazendo sempre o mesmo papel. Sou um ator técnico que segue a intuição”, completou.
Depois das duas produções, o ator passou a se dedicar ao cinema e voltou a protagonizar uma novela somente em 2001, quando viveu o Tony de Estrela-Guia.
Até o momento, seu último trabalho no gênero foi em Órfãos da Terra, exibida em 2019 pela Globo.
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