Ainda longe de 2022, Luciano Huck transforma Caldeirão em palanque

21/11/2020 às 19h48

Por: Piero Vergílio
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Faltam cerca de dois anos para as eleições presidenciais de 2022. Mas são cada vez mais fortes as especulações de que Luciano Huck pretende ingressar na carreira política.

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Ainda que ele nunca tenha admitido explicitamente que pretende trocar o estúdio pelo gabinete, o apresentador se aproveita da vitrine semanal do Caldeirão para fortalecer as bandeiras que defende.

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Quase sempre, os personagens que participam dos quadros do programa enfrentam muitas adversidades. Eles são exaltados por sua capacidade de superação e são incentivados a empreender socialmente.

Huck parece ter especial predileção pelas pessoas que, mesmo com pouca ou nenhuma condição, transformam a realidade da comunidade em que estão inseridos.

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A estratégia de estabelecer conexões

Nesse sentido, uma estratégia bastante utilizada pelo apresentador é estabelecer conexões entre o seu personagem e alguém que é referência na área. A proposta é que quem tem a história contada no Caldeirão possa, a partir dessa experiência, ganhar conhecimento.

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Com isso, a sua ajuda vai muito além de apenas sanar as necessidades mais urgentes. Em outras palavras, mais do que dar o peixe, ele também ensina a pescar. Segundo palavras do próprio Luciano, é preciso plantar sementes que rendam bons frutos.

Não raramente, as matérias do Caldeirão também incentivam a mobilização coletiva para que as metas sejam atingidas. Em quadros de reforma, por exemplo, é comum que todos os moradores sejam convocados a ajudar nas obras. Afinal, aquela melhoria terá um impacto na vida de todos.

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O envolvimento e o perfil dos personagens

Outra tática que, desde já, pode ajudar uma potencial campanha de Luciano Huck é o envolvimento com as histórias das pessoas. Por vezes, ele foge do roteiro por longos minutos para ouvir as histórias que os anônimos têm para contar.

No Quem Quer Ser Um Milionário deste sábado (21), a participante era uma faxineira que, durante muitos anos, foi vítima de violência. Apesar de todos as dificuldades, ela conseguiu ingressar no Ensino Superior, assim como todos os seus filhos.

Após ouvir atentamente o relato com todos os pormenores, o anfitrião não teve dúvidas em cravar que estava “diante de uma potência”. Também manifestou seu repúdio e o quanto o drama da convidada poderia servir de inspiração para outras pessoas na mesma situação.

Sempre que pode, ele também dá voz às minorias. Já visitou um projeto social para crianças na África do Sul – acompanhado por dois brasileiros que ensinaram os pequenos fazer seus próprios brinquedos – ou um acampamento de refugiados. Também já acompanhou expedições da Marinha por comunidades isoladas.

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Os posicionamentos sobre temas importantes

Além disso, ele sempre busca intervir, de alguma maneira, para ajudar pessoas que ganharam notoriedade por serem vítimas de alguma injustiça social. Quando o motoboy Matheus sofreu injúrias raciais do morador de um condomínio, ele logo se apressou em oferecer-lhe uma moto nova, doada pelos patrocinadores da atração.

Se isso não bastasse, Huck se posiciona sobre temas controversos sempre que encontra uma brecha. Também na tarde deste sábado, durante o inocente “Tem ou Não Tem?” a educação inclusiva entrou em pauta.

Ele então, aproveitou para salientar os benefícios da escola regular que acolhe um aluno com deficiência ou dificuldade de aprendizagem, justo no momento em que há um projeto em trâmite do Governo Federal que propõe mudanças nas diretrizes.

Na última semana, ele também fez um apelo aos brasileiros para que votassem com consciência e refletissem sobre os seus desejos antes de escolherem seus candidatos.

Como um somatório de todas essas iniciativas, ele reforça sua imagem de cidadão do povo, que se interessa em ajudar os mais humildes. Mas, como vimos a partir do desempenho de Celso Russomanno, popularidade na TV não é sinônimo de vitória nas urnas.

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