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Rejeitada pelo público, novela que volta segunda derreteu Ibope da Globo

18/01/2025 às 11h51

Por: Thell de Castro
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Glória Menezes em Espelho Mágico

Uma novela que foi inovadora demais para sua época e acabou sendo rejeitada pelo público será resgatada pela Globo na próxima segunda (20).

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Na verdade, os assinantes do Globoplay poderão conferir apenas seis dos 150 capítulos que restaram de Espelho Mágico, exibida originalmente entre junho e dezembro de 1977 pela emissora.

A novela das oito, que foi escrita por Lauro César Muniz, contou com um elenco recheado de estrelas, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Yoná Magalhães, Lima Duarte e Sônia Braga. Além disso, marcou a estreia de Tony Ramos e Vera Fischer nas novelas da Globo.

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Mostrando os bastidores da televisão e os dramas pessoais vividos pelos artistas, Espelho Mágico contava com uma novela dentro da novela, cuja trama acabou chamando mais atenção do público.

Os personagens também montaram uma peça de teatro, Cyrano de Bergerac.

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Vera Fischer em Espelho Mágico
Vera Fischer em Espelho Mágico

Numa época em que a Globo praticamente dominava os índices de audiência, a queda no Ibope foi brutal.

“Hoje, para mim, é claro que, para fazer uma paródia revelando os truques a que recorríamos para fazer as novelas, devíamos utilizar outros gêneros que não a própria novela. Foi uma queda de quase 20 pontos na audiência, numa época em que a TV Globo era a dona absoluta no horário”, escreveu o diretor Daniel Filho em seu livro O Circo Eletrônico.

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“Possivelmente, se tivéssemos feito uma novela sobre os heróis da televisão sem expor os seus defeitos, o resultado não tivesse sido tão repudiado. Às vezes, a novela não tem solução, fica se arrastando até o final. Espelho Mágico não tinha solução, a não ser terminar o mais breve possível”, completou.

Em depoimento ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo, de André Bernardo e Cíntia Lopes, Lauro César Muniz disse que foi chamado na sala do chefão da emissora, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para perguntar como a novela terminaria.

Quando o autor tentou argumentar dizendo que daria o final que o público queria, o diretor disparou: “o que o público quer é que essa novela termine logo”.

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