TEMOR
Nada feito: atriz recusou papel feito pela mãe na primeira versão de Cabocla
07/12/2024 às 10h51
Atualmente reprisada no início das tardes pela Globo, Cabocla (2004) era remake de um dos maiores sucessos de Benedito Ruy Barbosa, exibido originalmente em 1979 pela emissora. A produção consagrou Vanessa Giácomo como a protagonista Zuca.
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Durante a novela, os protagonistas iniciaram um romance durante as gravações; a união rendeu uma filha, Cleo Pires.
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Quando a nova produção foi anunciada pelo canal, a direção cogitou colocar a herdeira do casal como protagonista. No entanto, ela recusou o convite.
“Constrangimento natural”
O diretor de núcleo Ricardo Waddington explicou ao jornal O Globo, em 11 de abril de 2004, que, após conferir a atuação de Cleo no filme Benjamim (2003), acreditou que a atriz poderia assumir a protagonista de Cabocla, independente do parentesco com Gloria.
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“Ela não aceitou o convite por haver um certo constrangimento, natural, pela mãe ter feito o papel. Ela desistiu até para evitar comparações, que seriam inevitáveis. A agenda bem puxada, por conta do filme e a questão de estar morando em Goiânia também pesaram na decisão. Talvez fosse criado um universo de constrangimentos tanto para ela, quanto para mãe. Não fiquei chateado com isso, pelo contrário”, explicou.
Waddington também afirmou que torcia para, num futuro próximo, trabalhar com Cleo.
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Quem saiu ganhando com a desistência dela foi Vanessa Giacomo, alçada ao estrelato após assumir o posto de Zuca.
A eleita
Natural de Volta Redonda (RJ), Vanessa já havia participado da temporada 2002 de Malhação, como figurante.
A chance de ouro de sua carreira veio quando ela foi escalada para Cabocla. Ela só soube que o teste que havia feito era para a protagonista após a aprovação.
“Eu era uma menina, não tinha nada a perder, e com muita vontade. Eu sempre fui muito destemida na minha vida, sempre gostei de desafio. (…) Eu tinha total consciência da responsabilidade de fazer uma personagem desse tamanho. Mas ao mesmo tempo, eu tinha tanta vontade de fazer e aprender (…). E eu tinha excelentes profissionais ao meu lado, então eu fiquei me sentindo muito segura. Eu me senti muito acolhida e pronta para encarar esse desafio”, relembrou a atriz em entrevista ao podcast Novela das 9, do Gshow.
Gratidão
Durante a preparação, a atriz foi orientada a não assistir cenas de Gloria Pires na primeira versão.
“Quando você tem uma admiração por um ator e não tem experiência pra simplesmente se inspirar, muitas vezes você vai tentar reproduzir. E a reprodução pode não ficar legal, porque não é uma coisa espontânea, não está vindo do coração. Então eu acho que foi melhor assim”, ponderou.
A atriz, que está longe das novelas da Globo desde Travessia (2022), faz questão de ressaltar que é extremamente grata ao autor Benedito Ruy Barbosa, com quem também trabalhou em Sinhá Moça (2006) e Paraíso (2009).
“Guardo com tanto carinho no meu coração… Ele é uma pessoa que acabou ficando próxima. A gente sempre se fala, eu falo com a Mareliz Rodrigues, que é a sobrinha dele, minha grande amiga. As filhas dele, Edmara e Edilene… Eu tenho bastante contato com eles, virou uma grande família. Três novelas, né? Ele me conheceu eu era praticamente uma criança, uma bebê, então ele pegou como se fosse da família dele. Ele me tem como se fosse uma sobrinha, alguém próximo”, completou.
Curiosamente, uma situação da primeira versão se repetiu: Vanessa e Daniel de Oliveira, o Luís Jerônimo de 2004, se apaixonaram.