1 – O seriado Mundo da Lua estreou no dia 6 de outubro de 1991, na TV Cultura. Foram 52 episódios no total, com o último capítulo sendo exibido em 27 de setembro de 1992.

2 – A obra mostrava a infância do menino Lucas Silva e Silva (Luciano Amaral). Ao completar dez anos, ele ganha um antigo gravador de voz de seu avô Orlando (Gianfrancesco Guarnieri). Assim, em meio a situações típicas do final da infância, o garoto cria histórias nas quais altera sua realidade.

3 – A família de Lucas era composta pelo pai Rogério (Antônio Fagundes), pela mãe Carolina (Mira Haar) e pela irmã Juliana (Mayana Blum), além dos avós Orlando e Ivone (Liana Duval), dos tios Dudu (Flávio de Souza), Roberta (Lucinha Lins), Fábio (Ken Kaneko), Juju (Denise Fraga) e Marli (Cristina Mutarelli), além dos primos Conrado (Élio Yamaushi), Afonso (Daniel Nozaki), Gisela (Joyce Roma) e Diego (Leonardo Haar).

4 – A série foi criada por Flávio de Souza. O roteirista era casado com Mira Haar e também atuou na produção como Tio Dudu.

5 – A história aproveitou a gravidez real de Mira Haar, fazendo com que a personagem Carolina também estivesse grávida. Assim, boa parte dos episódios girava em torno das expectativas de Lucas para a chegada de seu novo irmão.

5 – No seriado, Lucas utilizava uma frase para começar suas gravações: “Alô, alô, planeta Terra chamando, planeta Terra chamando, essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do Mundo da Lua onde tudo pode acontecer!”.

6 – Inicialmente, a produção era exibida às 18h30 dos domingos na Cultura. Mas, em pouco tempo, a exibição se tornou diária.

7 – O gravador utilizado na série é uma modificação de um modelo real, fabricado na Itália durante a década de 60. Na maioria das cenas, o aparelho era mostrado sobre alguma superfície, como um tapete ou uma mesa, para que os fios da iluminação ficassem escondidos.

8 – Contratados da Globo, Antônio Fagundes e Gianfrancesco Guarnieri foram cedidos pela emissora carioca para o elenco da produção.

9 – Em troca, a Cultura cedeu os direitos de exibição da série para a concorrente.

10 – Na Globo, o seriado foi exibido no começo de 1993, nas manhãs da emissora. A atração entrou no lugar do programa Sérgio Mallandro e dividia a grade com reprises do Xou da Xuxa. O programa da apresentadora havia sido encerrado em 1992 e sairia do ar definitivamente meses mais tarde, para a estreia de TV Colosso.

12 – Durante a exibição original na Cultura, Antônio Fagundes também era visto na novela das oito da Globo, O Dono do Mundo, exibida de 20 de maio de 1991 a 4 de janeiro de 1992.

13 – Segundo publicações da época, o custo de produção da obra foi estimado em US$ 800 mil dólares. Deste total, a Cultura bancou US$ 300 mil dólares, com o restante sendo financiado pelas entidades SESI e FIESP.

14 – A produção teve quatro episódios que não foram ao ar. Nestes capítulos, parte do elenco era diferente, com a veterana Etty Frazer fazendo o papel da avó Ivone (que, posteriormente, acabou sendo de Liana Duval).

15 – Na primeira versão, a história se passava em um apartamento e o modelo do gravador era diferente. Não satisfeita com os resultados, a equipe de produção efetuou mudanças na série, o que fez com que tais episódios não fossem exibidos.

16 – Além de se relacionar com a imaginação de Lucas, o título da série faz referência ao sonho do menino: se tornar astronauta no futuro.

17 – As cenas externas da série eram gravadas em uma casa real, localizada no bairro de Pinheiros, na capital paulista. Os interiores foram reproduzidas nos estúdios da Cultura e baseados na arquitetura da residência original. Esta segue existindo, embora tenha tido a fachada modificada.

18 – A série contou com participações de atores globais também como convidados. Em um episódio, Edson Celulari viveu São Jorge. Outra participação foi a de Marisa Orth, que aparece na pele da cantora Monalisa em vários capítulos da série.

19 – O seriado tinha sua própria boy band, os Big Bad Boys. No elenco do quarteto, um ator mirim que se tornaria famoso: Caio Blat.

20 – Na série, Lucas era fã de um jogo de videogame, protagonizado pelo personagem Blixto.

21 – O jogo era fictício, tendo sido criado apenas para a produção. No 11º episódio, o menino encontra uma versão real de Blixto, vivida pelo ator Renato Dobal.

22 – A empregada Rosa, vivida por Anna D’Lira, era fã do locutor de rádio Ney Nunes, cuja voz era do ator Dorvilles Pavarina (cujo rosto nunca foi mostrado na produção).

23 – O episódio 49, Brasil Tetra Campeão, mostra Lucas chateado após a Seleção Brasileira perder a final da Copa do Mundo. Assim, o menino usa seu gravador para reverter o resultado e ganha o então inédito tetracampeonato para nosso país. O capítulo teve a participação de Émerson Leão e Roberto Rivellino.

24 – A série foi premiada como Melhor Programa Infantil de 1992 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

25 – No último episódio do seriado, o irmão de Lucas ganha um nome. Ele foi chamado de Eduardo e interpretado pelo bebê Teodoro, filho do casal Flávio de Souza e Mira Haar.

26 – No capítulo final, o gravador de Lucas quebra. Então, com ajuda do avô Orlando, o menino descobre que sua imaginação é suficiente para que ele possa criar novas histórias.

27 – Após seu encerramento, a série gerou um spin-off, composto por cinco episódios curtos. Em Lucas e Juquinha: Perigo, perigo perigo!, o menino aprendia lições sobre como prevenir acidentes domésticos, ao lado de seu novo irmão (cujo nome foi alterado em relação à série). Os programetes foram exibidos por anos, nos intervalos da grade da Cultura.

28 – Luciano também esteve no elenco de outro clássico infantil da Cultura: Castelo Rá-Tim-Bum, onde ele interpretava Pedro. Assim como Mundo da Lua, a produção também foi criada por Flávio de Souza, que ainda interpretou o cientista Tíbio, irmão de Perônio.

29 – Em 2014, Luciano Amaral participou do talk show The Noite, no SBT. No programa, ele participou de uma paródia de Mundo da Lua, participando de um novo sonho, relativo à sua vida adulta.

30 – Atualmente, a série é exibida pelo canal Tv Rá-Tim-Bum.

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Alexandre Pequeno é jornalista e apaixonado pelas novelas brasileiras desde a infância. A paixão foi tanta que seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi sobre a novela Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos. Em 2018, lançou o canal Novelando, onde aborda, de forma bem humorada, sobre as tramas que marcaram a história da TV. Já publicou contos e crônicas em antologias nacionais Leia todos os textos do autor