Em ano atípico, Teleton tem pior audiência da história, mas arrecada mais de 26 milhões

07/11/2020 às 21h34

Por: Gabriel de Oliveira
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O formato de emergência do Teleton não chamou a atenção do público na Grande São Paulo. A maratona televisiva afundou a audiência do SBT neste sábado (7) e marcou média de 3,4 pontos ao decorrer de suas quase seis horas no ar. É o pior desempenho da história da campanha que arrecada fundos para a AACD, no ar desde 1998.

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Apesar do Ibope desastroso, a campanha cumpriu o seu objetivo e arrecadou mais de R$ 26 milhões para a manutenção das unidades da instituição pelo país — são nove, no total. Ao contrário do que acontecia nos outros anos, o Teleton não teve uma meta de doações em virtude da pandemia do novo coronavírus (em 2019, a meta era R$ 30mi e o programa conseguiu mais de R$ 32 milhões).

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Os dados prévios de audiência apontam que o SBT ficou em uma longínqua terceira colocação durante a exibição da maratona, entre 10h30 e 20h29. A Globo foi líder, com 12,7 pontos, e foi seguida pela Record (4,8). O quarto lugar na faixa foi da Band, que marcou média de 2,3 pontos.

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O maior número obtido pelo Teleton neste ano foi registrado nos dois primeiros minutos de exibição da maratona, às 10h30 e 10h31: 5,1. Ainda assim, o número é bem inferior ao obtido pela emissora de Silvio Santos no sábado passado, quando o canal pontuou 5,9 na faixa, com pico de 7,6.

Em comparação aos últimos dois anos, o show de auxílio aos pacientes da AACD também perdeu uma parcela importante de seu público. Em 2019, o programa marcou média de 6,0 em suas mais de 26 horas consecutivas no ar. Já em 2018, a atração atingiu 7,2 pontos — e teve seu melhor resultado desde 2003.

O Teleton de 2020 teve um formato totalmente diferente do adotado habitualmente. A maratona ficou restrita apenas a um pequeno recorte da programação do SBT, e pela primeira vez em sua história não teve a presença de uma platéia física, tampouco dos doadores da “tropa do cheque”.

As mudanças provocadas pela pandemia do novo coronavírus também afetaram a distribuição de apresentadores convidados pelo programa. As demais redes até liberaram seus profissionais, mas a imensa maioria optou por gravar apenas algumas rápidas participações a distância.

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Expediente semelhante também foi adotado pelos cantores que compuseram a atração. Com a exceção de Daniel, que é um dos padrinhos da campanha beneficente, grande parte dos artistas participaram por meio de vídeos pré-gravados, que mais pareciam recortes de lives do YouTube.

Apesar de todos os percalços, o formato serviu como prova cabal de que os brasileiros realmente colocaram o Teleton em seu calendário anual. É indiscutível que boa parte das doações são feitas por empresas, mas não deixa de ser louvável a participação delas no evento. E, evidentemente, o que realmente importa é que a AACD tenha arrecadado fundos para mais um ano.

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Os dados de audiência publicados nesta coluna estão sujeitos a alterações na consolidação final, feita na manhã do próximo dia útil. Cada ponto representa 74.990 domicílios na Grande São Paulo, que é a principal metrópole do país para o mercado publicitário.

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