Dificilmente existe outro programa na atualidade que seja tão dependente de seu apresentador como o Alerta Nacional. O telejornal policial da RedeTV! tem sofrido com as ausências do titular Sikêra Jr., que ainda não conseguiu um substituto capaz de não espantar o público do noticiário.

Apenas últimas duas semanas, Sikêra deixou seu posto em dois momentos. Na primeira vez, ele se submeteu a uma cirurgia dentária e ficou alguns dias em casa para se recuperar do procedimento. Agora, ele se ausentou para poder tietar Luciano Hang, o dono da Havan, em Santa Catarina.

Nas ausências mais recentes, o veterano tem sido substituído por Luiz Rodrigues, que normalmente atua como repórter de outros telejornais feitos pela TV A Crítica — responsável pela produção do programa. Apesar de carismático e esforçado, ele não caiu no gosto do público paulistano.

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Nesta quarta (14), por exemplo, o Alerta Nacional chegou a registrar apenas 0,3 de audiência na Grande São Paulo e teve média de 1 ponto. Com a apresentação de Sikêra Jr., o programa chega a ter pico de 4 pontos e incomoda o Jornal da Band.

A rejeição, porém, não é exclusiva de Rodrigues. A repórter Mayara Rocha, habitual reserva imediata nas ausências de Sikêra, também não agrada o público do noticiário da RedeTV!. O seu estilo é bem diferente do titular do programa: mais séria, mais polida e não costuma fazer brincadeiras.

Outro nome que já foi testado nas ausências de Sikêra Jr. foi o de Bruno Fonseca, o Brunoso. Em maio, ele assumiu o comando do programa por 20 dias ao lado de Mayara e não conseguiu conquistar o público. A direção da emissora não gostou de sua performance e não voltou a lhe convidar para a ancoragem — ele deixou o canal alguns meses depois, em julho.

O Alerta Nacional, por sinal, não conseguiu se recuperar plenamente depois que Sikêra Jr. foi contaminado pelo coronavírus. O jornalista adoeceu em um momento em que o noticiário já ameaçava a terceira colocação do SBT e acabou ficando fora do ar entre 23 de abril e 25 de maio. Apesar de sua volta, a audiência nunca mais foi a mesma.

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