Sem perdão: 5 artistas que morreram magoados com a Globo
02/06/2024 às 17h17
Milhares de artistas já passaram pelo elenco da Globo e marcaram seu nome na história das novelas brasileiras. No entanto, alguns deles terminaram sua trajetória na emissora da maneira como não queriam.
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Relembre abaixo cinco astros e estrelas que morreram guardando algum tipo de mágoa da Globo:
Beatriz Segall
Beatriz Segall em Vale TudoCONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Nunca fui contratada (pela Globo). Sempre trabalhei por obra. Eles nunca me ofereceram e eu não procurei. A Globo nunca me deu importância”, afirmou, em entrevista ao site Notícias da TV em outubro de 2014.
Na ocasião, Beatriz estava dando aulas de interpretação, algo que, para ela, era extremamente prazeroso. A veterana também lamentou o desinteresse da nova geração de atores e atrizes pelo estudo e a queda de qualidade das novelas.
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“As novelas do meu tempo eram muito boas. As de agora são mais fraquinhas”, disparou.
Segall morreu em 5 de outubro de 2018, aos 92 anos.
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Pedro Paulo Rangel
Ícone da dramaturgia nacional, o ator nos deixou em 21 de dezembro de 2023, aos 74 anos, após lutar contra um enfisema pulmonar.
Naquela época, estava afastado das novelas havia uma década, desde que fez Amor Eterno Amor.
Ele se desligou da Globo em 2014, para dar uma pausa na carreira e cuidar da saúde, mas a emissora divulgou, na época, que ele foi demitido.
“Eu falei para o meu chefe que queria dar um tempo e que depois voltaria”, contou, em entrevista ao jornal Extra.
Depois disso, ele foi riscado das produções da emissora. Ironicamente, ele havia sido convidado para fazer Amor Perfeito, mas morreu antes de assumir o papel, que ficou com Tony Tornado.
Paulo Silvino
Um dos maiores humoristas que a televisão brasileira já viu, Paulo Silvino trabalhou na Globo por décadas, mas acabou sendo deixado de lado no final da vida, como ele mesmo confessou.
O astro, que morreu em 17 de agosto de 2017, aos 78 anos, após lutar contra um câncer no estômago, perdeu espaço nas renovações feitas pela emissora em seus programas humorísticos.
“Ele se sentia colocado de lado, não fazia mais o trabalho dele, de estrela, de comediante. Passou a achar que fazia figuração. O Paulo estava em depressão, chateado, gravava quadro com uma fala só, nunca tinha passado por isso”, relatou Wainberg ao Programa do Fred, do canal Vox Filme TV.
Theresa Amayo
Estrela de inúmeras novelas da Globo nos anos 1960 e 1970, como a primeira versão de Pecado Capital, Theresa trabalhou por décadas no canal, mas levou uma mágoa para o túmulo.
Em 1969, ela foi escalada para protagonizar Véu de Noiva, que acabou se tornando um marco na história da emissora, já que encerrou a era dos dramalhões de capa e escada de Glória Magadan e abriu espaço para tramas contemporâneas.
“Tudo estava pronto para eu começar a gravar, mas a Regina Duarte acabou ganhando o papel. Fiquei tão magoada que não aceitei o papel principal de Verão Vermelho”, revelou ao jornal O Globo em 8 de julho de 2001.
Theresa morreu em 24 de janeiro de 2022, após lutar contra um câncer no rim. Ela tinha 88 anos e lutava contra a doença fazia um ano.
Chico Anysio
Um dos mestres do humor nacional, Chico reinou na emissora nas décadas de 1970 e 1980, mas começou a perder espaço nos anos 1990, apesar de ainda brilhar na Escolinha do Professor Raimundo.
Em entrevista ao programa A Noite é Nossa, da Record, a viúva do artista, Malga di Paula, disparou contra a Globo e seus controladores.
“A família Marinho foi a mais ingrata que existiu para o Chico. Foram os filhos do Roberto Marinho que tiraram ele da televisão. O Chico trabalhou 50 anos na Globo e não foi ninguém no velório. No momento que ele mais precisava, ele foi banido”, declarou.
“Por uma suposta crítica à Globo, ele ficou dez anos fora do ar, na geladeira. Ele era a única voz dos artistas que batiam de frente. Ele morreu querendo saber quem tirou a Escolinha do ar”, completou.