Três opções: Globo precisa definir o que fazer com Paraíso Tropical

15/12/2023 às 16h44

Por: André Santana
Alessandra Negrini em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)
Alessandra Negrini em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

André Santana

No ar desde o final de novembro, a reprise de Paraíso Tropical (2007) no Vale a Pena Ver de Novo ainda não empolgou. A trama derrubou a audiência do horário e não conseguiu manter o público da antecessora, Mulheres Apaixonadas (2003).

Alessandra Negrini em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

O fraco desempenho veio numa hora ruim para a Globo, que precisava de um “arrasa-quarteirão” na faixa das 17 horas que fosse capaz de alavancar o horário nobre, que, por sua vez, está em baixa por conta dos fiascos de Elas por Elas e Fuzuê.

Diante dessa situação crítica, a emissora pode seguir três caminhos. Saiba quais!

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Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga) em Paraíso Tropical

Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga) em Paraíso Tropical (divulgação/Globo)

Foi-se o tempo em que a Globo movia mundos e fundos para estancar um fracasso na programação. Sabendo que medidas drásticas podem trazer prejuízos, o canal tem agido com mais cautela. Com isso, uma opção para Paraíso Tropical seria simplesmente manter tudo como está.

Afinal, a emissora entende que, no final do ano, é mais difícil mesmo conseguir a atenção do público. O início do verão, as férias escolares e as festas tomam o a rotina das pessoas, que passam menos tempo na frente da TV.

Além disso, Paraíso Tropical vem experimentando um tímido crescimento de audiência. O folhetim, que chegou a anotar parcos 9 pontos no capítulo do dia 6 de dezembro, alcançou 12 pontos no último dia 12. Ou seja, a trama ainda pode conquistar mais público nas próximas semanas.

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Trama acelerada

Gloria Pires e Alessandra Negrini em Paraíso Tropical

Gloria Pires e Alessandra Negrini em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

Mas, caso a Globo não tenha paciência para esperar, a solução seria acelerar os primeiros capítulos de Paraíso Tropical para que a trama chegue logo ao ponto em que começa a envolver o público.

Em sua exibição original, a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares também começou morna, mas conseguiu reverter a tendência de queda após mudanças. Inicialmente, a novela foi considerada “masculina demais”, por conta do embate de Daniel (Fabio Assunção) e Olavo (Wagner Moura). Os autores, então, deram mais espaço às personagens femininas.

O início do romance entre Bebel (Camila Pitanga) e Olavo e a chegada de Lúcia (Gloria Pires) ajudaram a novela a deslanchar. Assim, o Vale a Pena Ver de Novo poderia ir direto a este ponto para fisgar os espectadores dispersos.

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Tesoura em Paraíso Tropical?

Renata Sorrah em Roda de Fogo

Renata Sorrah em Roda de Fogo (divulgação/Globo)

Porém, diante da necessidade de alavancar seu horário nobre, a Globo pode seguir um caminho mais radical e passar a tesoura em Paraíso Tropical. Assim, a trama seria drasticamente reduzida e daria espaço a uma novela com melhores condições de atrair a audiência.

Vale lembrar que a emissora já fez isso antes. Em maio de 1990, a Globo lançou a reprise de Roda de Fogo que ficou menos de dois meses no ar. A trama de Lauro César Muniz, que teve 179 capítulos em 1986, foi reduzida a apenas 35 no repeteco. Felicidade (1991), de Manoel Carlos, também teve uma reprise a jato em 1998. A trama, que originalmente teve 203 episódios, foi reduzida a 55 capítulos.

Outra situação parecida aconteceu com a reprise de Sete Pecados (2007), em 2010. A trama derrubou a audiência do horário, fazendo a Globo reduzir a trama de 208 capítulos para 83. Depois disso, em janeiro de 2011, o canal lançou a esperada reprise de O Clone (2001), que fez a audiência subir rapidamente.

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