Globo surpreende ao trazer de volta novela que ninguém pediu

26/11/2023 às 9h42

Por: Thais Milena
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Rodrigo Veronese e Renée de Vielmond em Paraíso Tropical

Nesta segunda (27) a Globo traz Paraíso Tropical de volta no Vale a Pena Ver de Novo. A trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares não está entre os maiores sucessos da história da emissora, mas também não fez feio em sua exibição original, em 2007.

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Rodrigo Veronese

Rodrigo Veronese e Renée de Vielmond em Paraíso Tropical (divulgação/Globo)

A escolha da novela surpreendeu por inúmeros motivos. A trama demorou a engrenar, ficando abaixo dos 40 pontos de audiência em suas primeiras semanas – era essa a meta do horário na época. Na média geral, a novela fechou com 42,8 pontos, abaixo dos 47 alcançados por sua antecessora, Páginas da Vida (2006).

Vale lembrar que não foi a primeira vez que a Globo fugiu do óbvio no Vale a Pena Ver de Novo. Tramas como Deus nos Acuda (1992), Coração de Estudante (2002) e Sete Pecados (2007) também ganharam novas chances, mesmo não sendo consideradas grandes sucessos.

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Ninguém pediu

Maria Fernanda Cândida como Fabiana em Paraíso Tropical

Maria Fernanda Cândido em Paraíso Tropical (Reprodução / Globo)

Embora tenha seus fãs, como toda novela, muita gente questionou a volta de Paraíso Tropical. Com uma breve busca nas redes sociais e em fóruns voltados à televisão, se percebe que a escolha desagradou muita gente.

Simplesmente porque praticamente ninguém pedia ou imaginava a volta da trama, disponível no Globoplay e já exibida pelo canal Viva.

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As mais cotadas para voltar eram a eternamente pedida América (2005), que também estreia nesta segunda, só que no Viva, e Salve Jorge (2012), que inexplicavelmente fica entre as mais vistas do Globoplay há muito tempo. Inclusive, existe a possibilidade dessa última ser a substituta de Paraíso Tropical, no meio do ano.

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Sem muitas opções

Julia Dalavia e Glória Pires em O Outro Lado do Paraíso

Julia Dalavia e Glória Pires em O Outro Lado do Paraíso

Apesar de não contar com muitas opções recentes em seu catálogo, a Globo também dispõe de tramas como Amor à Vida (2013), O Outro Lado do Paraíso (2017) e A Dona do Pedaço (2019), mas as três foram escritas por Walcyr Carrasco, atual titular de Terra e Paixão.

Tirando isso, outras opções seriam tramas mais antigas, como Vale Tudo (1988), Tieta (1989), Rainha da Sucata (1990) e Pedra sobre Pedra (1992), entre outras dos anos 1980 e 1990. O recente sucesso das reprises de novelas como Mulheres de Areia (1993) e O Rei do Gado (1996) mostra que a idade e a qualidade de imagens das tramas não são empecilhos.

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Qual é a história de Paraíso Tropical?

Paraíso Tropical - Alessandra Negrini e Fabio Assunção

Alessandra Negrini e Fábio Assunção em Paraíso Tropical (divulgação/Globo)

Paraíso Tropical conta a história das gêmeas Paula e Taís (interpretadas por Alessandra Negrini), teve 179 capítulos e um elenco formado por nomes como Fábio Assunção, Wagner Moura, Tony Ramos, Gloria Pires, Vera Holtz, Camila Pitanga e Bruno Gagliasso.

Com uma trama pesada, repleta de cenas de violência e sexo, além de enredos polêmicos, a produção não passará ilesa no “facão” da edição da Globo, que deve limar conteúdos considerados pesados para serem exibidos à tarde.

Mesmo com a permissão para levar ao ar cenas mais pesadas durante o dia, a emissora carioca mantém uma política interna de amenizar as sequências das reprises do Vale a Pena Ver de Novo. Por conta disso, a novela deverá ser bem picotada.

Novela problemática

Silvio de Abreu

Silvio de Abreu (Divulgação / Globo)

Em sua exibição original, Paraíso Tropical teve um início complicado e foi apontado um “excesso de masculinidade”. Os autores, então, passaram a valorizar mais personagens femininas. Na época, o autor Silvio de Abreu chegou a dar uma ajuda aos colegas para alinhar os rumos do folhetim, como ele mesmo revelou posteriormente.

Apesar dos riscos, a Globo deve saber onde está se metendo. Os cortes, principalmente da parte inicial, podem deixar a trama mais ágil e personagens como Olavo e Bebel devem reconquistar o público.

Por outro lado, existe a chance de termos a reedição do que aconteceu com Celebridade (2003) e Belíssima (2005), cujas aguardadas reprises prejudicaram a audiência da emissora.

O resultado é imprevisível e o tempo vai dizer o tamanho da encrenca em que a Globo se meteu.

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