Multijornalista, Márcio Gomes é muito bom para ficar sem um programa para chamar de seu
18/07/2020 às 12h12
Há mais de 25 anos entrando em nossas casas, o jornalista e apresentador Márcio Gomes é sinônimo de simpatia, educação e profissionalismo. Com um currículo impecável, de redator a correspondente internacional, o carioca (isso mesmo, ele não é paulista!) de 49 anos é uma grata e excelente surpresa nessa cobertura incansável sobre a Covid-19.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Desde que voltou de Tóquio, onde foi correspondente por cinco anos, ele foi escalado logo de cara para fazer reportagens especiais no Jornal Nacional, retornando à redação da TV Globo em São Paulo, onde trabalhou em meados de 1996.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Obviamente, era questão de tempo até ele sair das ruas e voltar ao estúdio. Afinal, Márcio Gomes casa perfeitamente com as câmeras pelo seu jeito franco, simples e carismático. Em 2018, ele assumiu como apresentador reserva dos telejornais SP1 e SP2. Já no ano seguinte, passou a concorrer às escalas de fim de semana do Jornal Hoje e do Jornal da Globo na falta da Renata Lo Prete e/ou do Carlos Tramontina.
LEIA TAMBÉM:
● Não merecia: rumo de personagem desrespeita atriz de Mania de Você
● Sucesso da reprise de Alma Gêmea mostra que Globo não aprendeu a lição
● Reviravolta: Globo muda rumo da maior tradição do Natal brasileiro
Chegamos em 2020, veio a pandemia e surgiu a dúvida: quem deveria ser escalado para a apresentação de um programa criado às pressas e colocado no ar em menos de 48 horas, voltado para o esclarecimento de todas as dúvidas sobre o novo vírus? Márcio Gomes, claro. E que acerto da direção de jornalismo!
O “Combate ao Coronavírus” recebeu mais de 50 mil perguntas, das quais cerca de 800 foram lidas pelo apresentador e mais de 60 médicos tiraram inúmeras dúvidas em mais de 70 horas de transmissão, no período de 17 de março a 22 de maio, com uma ancoragem forte e, quando possível, com boas pitadas de ironia.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O programa foi mais uma prova da capacidade de Márcio Gomes, confirmando a sua característica profissional multifacetada. Ao mesmo tempo, fez com que ele se tornasse, em minha opinião, o novo queridinho do Grupo Globo. Não é à toa que, segundo o Flávio Ricco, Gomes é o mais cotado para assumir de vez a edição do SP2, mesmo com o (possível) fim da pandemia.
Recentemente, o jornalista voltou a apresentar os dados sobre o vírus, agora durante o JN que, convenhamos, é o principal telejornal da casa. Dessa forma, podemos concluir que, se ele está lá, é por algum motivo que o credencia para o posto. Afinal, William Bonner e Ali Kamel não dão ponto sem nó. A Maju Coutinho é prova disso.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, caso essa informação de bastidores sobre o SP2 não se confirme, tenho a convicção de que Márcio Gomes deverá, ao menos, assumir um programa na GloboNews, em uma provável dança das cadeiras. Afinal, seu colega de redação, o jornalista César Tralli, vem disparando em audiência no Edição das 18h, mostrando o quanto é qualificado para conversar com dois tipos de público de segunda à sexta-feira.
Se eu fosse o Ali Kamel, não pensaria duas vezes: Márcio Gomes é muito bom para ficar sem um programa para chamar de seu.
SOBRE O AUTOR
Douglas Pereira é formado em Jornalismo pela PUC Minas, estudante e estagiário acadêmico em Direito, com passagens pela TV Horizonte e Rádio 98FM, em Belo Horizonte. Além de fazer prints de quase tudo que passa na TV no @uaiteve pelo Twitter, também é entusiasta da aviação, sobre a qual mantém o site Portão Um.
SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise, opinião e crítica sobre as coberturas jornalísticas, esportivas e do entretenimento na TV brasileira.